O candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) publicou em rede social uma manifestação de repúdio às ações em universidades públicas que ocorreram nesta semana.
“Eu quero dizer que não adianta intimidar as universidades, não adianta invadir os campi universitários”, escreveu Haddad. “A Educação não vai se calar. Os professores e estudantes não vão se calar até derrotar o soldadinho de araque”, postou o presidenciável, em menção velada ao seu adversário na disputa, Jair Bolsonaro (PSL).
Nesta semana, policiais e fiscais de tribunais eleitorais desencadearam uma série de ações em universidades públicas por todo o país. O movimento coordenado despertou reação da comunidade acadêmica e de entidades da sociedade civil.
As medidas, na maior parte delas relacionadas à fiscalização de suposta propaganda eleitoral irregular, vêm acontecendo nos últimos três dias. Críticos das operações apontam censura.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a Justiça ordenou que a Faculdade de Direito da UFF (Universidade Federal Fluminense) retirasse da fachada uma bandeira em que aparece a mensagem “Direito UFF Antifascista”. A bandeira chegou a ser removida na terça-feira (23) sem que houvesse mandado judicial, mas logo depois foi recolocada por alunos.
A decisão judicial, proferida após 12 denúncias recebidas contra a faixa, diz que ela teria “conteúdo de propaganda eleitoral negativa contra o candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro [PSL]”. No lugar da antiga bandeira, apareceu uma nova com a palavra “censurado” no prédio. Os estudantes, que negam ter feito propaganda político-partidária, organizam uma manifestação para esta sexta (26).
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