A elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, anunciada foi uma “surpresa por um lado”, mas já esperada pelo mercado financeiro, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad na quarta-feira (11). Ele destacou que está focado no cumprimento das metas fiscais e que o pacote de corte de gastos enviado ao Congresso é “adequado e politicamente viável”.
Haddad declarou que, embora a decisão fosse previsível, ele analisará o comunicado do Banco Central com mais calma após o período de silêncio. Anteriormente, o ministro criticava abertamente as decisões do Copom, especialmente o atraso na redução dos juros, mas celebrou quando o BC iniciou os cortes da Selic em agosto do ano passado.
Sobre o pacote fiscal, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que uma semana é suficiente para sua aprovação na Câmara e no Senado, apesar do impasse nas emendas parlamentares. O ajuste fiscal, que visa economizar R$ 71,9 bilhões até 2026 e R$ 327 bilhões até 2030, foi considerado o mais viável politicamente.
Esse tipo de coisa é difícil de processar no Congresso Nacional. A gente mandou um ajuste que consideramos adequado e viável politicamente. Você pode mandar o dobro para lá, mas o que vai sair [ser aprovado] é o que importa.
Haddad não detalhou possíveis mudanças nas regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), mas indicou que ajustes no projeto são possíveis. “Se for necessário melhorar a redação, faremos”, disse o ministro, enfatizando que o ajuste foi calibrado para garantir a política fiscal.
Sobre o comunicado do Copom, Haddad afirmou que várias instituições financeiras estão ajustando seus cálculos e alcançando estimativas próximas às do governo, com alguns apontando até R$ 65 bilhões de economia para 2025 e 2026.
Com informações da Agência Brasil
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