Os reflexos do pleito contestado da Venezuela, que discute fraudes na reeleição de Nicolás Maduro, ganharam novos contornos com a ação dos hackers anônimos Anonymous. A invasão de ao menos 325 sites do governo de Maduro nos últimos dias foi reivindicada pelo grupo.
A retaliação dos hackers foi decidida pela falta de publicação dos registros eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), em meio a dúvidas sobre o resultado apresentado no primeiro e único boletim. A ação foi conduzida através da Assembleia Nacional dos Cyber, conforme divulgado pelos Anonymous.
Desde o anúncio do resultado pelo CNE, manifestações têm se espalhado pelo país, contestando o pleito. Segundo o último balanço do Ministério Público da Venezuela, divulgado na quarta-feira (31), 1.062 pessoas foram presas e 77 membros das forças de segurança foram feridos nos confrontos. Um policial morreu vítima de arma de fogo no estado Aragua, e a ONG venezuelana Foro Penal calcula que 11 manifestantes morreram durante as manifestações.
As autoridades venezuelanas têm atribuído os distúrbios a uma estratégia para um golpe de Estado no país, enquanto a oposição defende a legitimidade das manifestações e acusa o Estado de repressão política.
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