Em fevereiro de 2020 o Brasil via o crescimento do novo coronavírus com atenção. Um dos epicentros da então epidemia na China, Wuhan, estava isolado. A cidade fechada e um grupo de 30 brasileiros desesperados para chegar em terras brasileiras. Há exatos um ano, aqueles cidadãos eram recebidos na base aérea de Anápolis para um período de quarentena no Brasil. “Goiás fez um ato de generosidade ao Brasil, demonstrou que é possível sim controlar, que havia um risco, mas as pessoas foram monitoradas, retornaram às suas famílias e ficaram extremamente gratas ao Estado de Goiás”, relembra Luis Henrique Mandetta, então ministro da saúde nesta terça-feira (09/02).
O ex-ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro relembrou o dia em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia. Naquela época, o coronavírus ainda não tinha sido caracterizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como pandemia, mas já assustava. Os brasileiros que chegaram no Brasil, dias antes imploravam em vídeos postados pela internet que o governo brasileiro os socorressem. Uma “lei de quarentena” foi criada às pressas para os receberem. No fim deu tudo certo. “Não existia nenhuma politização naquele momento. Era uma decisão nossa de lutar contra um inimigo invisível”, destacou Mandetta.
Aos cidadãos goianienses, Mandetta não poupou elogios. “Goiás demonstrou um espírito de cidadania, de pacto federativo, de independência, de decisões firmes”, destacou. O apoio do poder público, desde o prefeito de Anápolis, Roberto Naves (PP) ao governador Ronaldo Caiado (DEM) chegando ao Congresso Nacional foram fundamentais.
“Foi fundamental tanto o prefeito de Anápolis como o governador Ronaldo Caiado que no momento em que você tinha brasileiros fora do país numa situação de alto risco, precisamos de uma base e determinaram a base de Anápolis, e, nós fizemos então, a aprovação de uma lei de quarentena que não existia no Brasil, em tempo recorde, eu fui ao Congresso e tanto o presidente da Câmara como do Senado, foram muito atentos”, ressaltou.
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