07 de agosto de 2024
Confusão

Gustavo Gayer e Silvye discutem em Plenário por suposta “fake news” divulgada pelo parlamentar

"Tu encontrou uma mulher à tua altura, meu filho", ponderou Silvye. Gayer, por sua vez, chamou a parlamentar de "louca", com a afirmativa de que ela teria tentado agredi-lo
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

Os deputados federais goianos Gustavo Gayer (PL) e Silvye Alves (UB) protagonizaram uma discussão no Plenário da Câmara dos Deputados, na tarde desta quarta-feira (14). O desentendimento teria começado após o parlamentar e pré-candidato à Prefeitura de Goiânia afirmar que a jornalista e outros colegas votaram a favor do projeto que trata da taxação de serviços de streaming, como por exemplo a Netflix.

De acordo com Silvye, trata-se de uma “fake news” divulgada pelo parlamentar. “Deputado Gustavo Gayer, o senhor, que ama espalhar fake news, vou lhe dizer uma coisa muito sincera: tu encontrou uma mulher à tua altura, meu filho”, enfatizou a deputada, durante a sessão.

“Este cara acabou de mentir para todo o estado de Goiás que eu votei a favor para aumentar Netflix. Isto não aconteceu. É uma fake news. Em agosto do ano passado, era um projeto completamente diferente, Gustavo Gayer. Aprenda a dizer a verdade”, justificou Silvye.

Em seguida, Silvye se aproxima de Gayer, que inicia a gravação de um vídeo no celular. Irritada com a situação, a deputada tenta impedir o deputado de registrar a conversa e diz para Gayer “falar a verdade” para os seus seguidores.

O parlamentar, então, reage com as seguintes palavras: “Você vai me agredir? Olha a Sylvie querendo me agredir aqui no plenário. Ô, presidente! Agressão, aqui, ó. Tá vindo para cima de mim. Que palhaçada é essa? Tá querendo me agredir. A mulher tá surtada, gente. Não sabe defender o voto dela e agora vem para a agressão. Tentou pegar o meu celular. Pelo amor de Deus, olha lá! Alguém dá um calmante para essa mulher”.

No vídeo, Gayer disse, ainda, que tentou dar um abraço em Silvye que, segundo ele, recusou o ato de “afeto”. “Mulher doida, gente. Louca, louca, louca. Eu tentei dar um abraço a ela. Ela não quis o abraço, o que eu posso fazer? Falta amor na vida das pessoas”, disparou o deputado.

O projeto foi retirado de pauta. No entanto, antes do episódio a bancada do partido de Silvye na Câmara dos Deputados teria gravado um vídeo afirmando serem contra a matéria que seria colocada em pauta.

Outras discussões

Gayer e Silvye já protagonizaram outras discussões dentro do Parlamento. Em junho do ano passado, o deputado teria, também por meio das redes sociais, acusado a parlamentar de se aliar ao PT após a jornalista votar a favor da MP que viabilizaria ministérios no Governo Lula.

Na ocasião, Silvye destacou que nunca foi petista, mas que tinha projetos reais para o seu mandato e insinuou que o parlamentar utiliza o mandato para se promover. “O senhor vive de falácia com pedidos e videozinhos na Tribuna para engajar nas suas redes e nada mais”, pontuou.

Após troca de farpas, Silvye cogitou levar o nome de Gayer ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. “Infelizmente chega-se ao ponto de fazer embate em rede social, chega a ser pequeno, chega a ser covarde. Mas é isso, o Gayer leva as pessoas às últimas consequências”, ponderou a jornalista, na época, por meio de uma publicação nas redes sociais.

No vídeo, Silvye se defendeu e teceu críticas a Gayer mencionando que ele “não tem teto de vidro, mas sim de película, e muito fininha”, fazendo referência a crimes que o deputado cometeu no passado. “Eu falei ontem naquela resposta, inclusive o senhor apagou, porque você é um covarde, você é um canalha. Você apagou o que eu escrevi para você, mas as pessoas sabem, as pessoas ficaram sabendo sobre seu passado”, falou, se dirigindo ao parlamentar.


Leia mais sobre: / / / Política

Comentários