Em um vídeo digno de prova para levar Gustavo Gayer (PL) à interdição psiquiátrica, o deputado federal goiano aterrorizou seus seguidores ao dizer que o governo federal pode estar tramando um genocídio de bolsonaristas. Tudo começou após a notícia de que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (17), que as empresas das redes sociais enviassem uma lista completa com os nomes e dados dos seguidores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O pedido, que cita Instagram, LinkedIn, TikTok, Facebook, Twitter e YouTube, foi um prato cheio para que Gustavo Gayer instalasse, em sua mente, uma ação conspiratória que logo virou novo roteiro para um vídeo publicado em suas redes sociais. Mesmo viajando de férias, o deputado goiano, que foi o segundo mais votado no estado em 2022, começa a gravação citando uma história sobre um genocídio que acontece no país africano Ruanda no anos 90.
Na história, de forma resumida, cerca de 800 mil pessoas de um mesmo grupo foram massacradas em Ruanda por extremistas. Estes extremistas vitimaram membros de uma comunidade que era minoritária, assim como seus adversários políticos, independentemente da sua origem étnica.
As informações serviram de exemplo para que Gayer pudesse dizer que algo parecido pode acontecer no Brasil por conta deste pedido da PGR. “Se você for somar todos os seguidores do presidente Bolsonaro nas nas redes sociais, nós estamos falando de mais de 40 milhões de pessoas […] eles estão preparando uma lista de extermínio aparentemente”, diz o parlamentar no vídeo, questionando a medida da PGR: “Será que estamos prestes a enfrentar uma nova Ruanda?.”
No vídeo, Gustavo Gayer continua por vários minutos tentando dizer que algo do tipo pode vir a acontecer no Brasil. A acusação do parlamentar bolsonarista que possui milhões de seguidores e milhares de apoiadores na internet, porém, é muito grave, já que ele ainda diz que o país “deve ficar muito preocupado”. “O próximo passo é paredão, com um bom fuzil, uma boa bala e uma boa cova”, diz ele, antes de encerrar o vídeo aterrorizando seus expectadores.
Sobre o pedido da PGR condenado por Gustavo Gayer
Além de pedir a lista de nomes de seguidores de Bosonaro, a PGR requerie, também, que as empresas enviem a “integralidade das postagens” de Bolsonaro sobre “eleições, urnas eletrônicas, Tribunal Superior Eleitoral, Supremo Tribunal Federal, Forças Armadas e fotos e/ou vídeos com essas temáticas”.
A solicitação assinada pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos tem, como objetivo, apenas apurar mais detalhes sobre suspeitos de incitarem os atos de 8 de janeiro, em Brasília. O relator da investigação é o ministro Alexandre de Moraes.
Vale lembrar que Bolsonaro passou a figurar na investigação por causa de uma publicação feita em seu perfil no Facebook em 10 de janeiro. Na ocasião, ele postou uma desinformação em que contestava o resultado eleitoral e dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito pelo povo. Apagou horas depois.
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