12 de setembro de 2024
Repercussão • atualizado em 05/10/2023 às 13:51

Gustavo Gayer aciona MPF contra Lula por “uso do dinheiro público para campanhas eleitorais na Argentina”

Pedido de investigação foi protocolado nesta quarta-feira (04) pelo deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO)
Gayer criticou vitória de Rodrigo Pacheco, pois achou que o vencedor deveria ser Rogério Marinho. (Imagem: reprodução/Twitter)
Gayer criticou vitória de Rodrigo Pacheco, pois achou que o vencedor deveria ser Rogério Marinho. (Imagem: reprodução/Twitter)

O deputado goiano Gustavo Gayer (PL), conhecido por ser oposição do PT em Brasília, mirou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o denunciou no Ministério Público Federal (MPF) por suspeita de utilizar dinheiro público brasileiro para financiamento de campanhas eleitorais presidenciais de outros países, mais especificamente da Argentina. O pedido foi protocolado nesta quarta-feira (4).

Em suas redes sociais, Gustavo Gayer, autor da denúncia, escreveu: “Acabo de denunciar Lula ao Ministério Público Federal por suspeita de utilização de dinheiro público brasileiro para possível financiamento de campanhas eleitorais na Argentina”.

A ação tem como justificativa uma reportagem veiculada pelo jornal Folha de São Paulo na noite da última terça-feira (3). No texto, a colunista narra uma suposta conversa entre o presidente Lula (PT) e a Ministra do Planejamento, Simone Tebet, onde o chefe do executivo teria pedido uma autorização de operação para que o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) concedesse um empréstimo do valor de 1 bilhão de dólares à Argentina.

Sobre o caso, por meio do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), Tebet disse que não recebeu telefonema do chefe do Executivo e que tomou sozinha a decisão de votar a favor do socorro ao país vizinho.

“Acordei surpresa com esse fato. É o contrário, não é que eu não fui consultada, eu é que não consultei o presidente Lula. O presidente Lula não me ligou, não entrou em contato comigo, porque é natural, sou governadora desses bancos e simplesmente voto em um banco que não é brasileiro, cujo dinheiro não é do Brasil. Nós temos 8% de participação no CAF, mas não é dinheiro”, argumentou em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento (CMO), na Câmara dos Deputados.

A matéria também dá conta de que o empréstimo seria para barrar o avanço de Javier Milei, deputado argentino e candidato à presidência. Milei é amigo do deputado brasileiro Eduardo Bolsonaro (PL-SP), e lidera pesquisas eleitorais do país com discurso à direita.

Ainda segundo o texto, o “Planalto tem feito de tudo para dar uma força ao ministro da Economia” argentino, Sergio Massa, que disputa a cadeira presidencial como sucessor de Alberto Fernández, atual presidente e aliado declarado de Lula.

Segundo Tebet, “houve uma seguinte demanda: precisamos emprestar apenas por 10 dias R$ 1 bilhão para a Argentina, 21 países vão votar. Minha secretária, por minha determinação, foi autorizada a votar favoravelmente, como 20 dos 21 países que votaram favoravelmente”, e acrescentou “Não tem dinheiro federal brasileiro lá” e que não há recursos brasileiros no CAF, e que a Argentina precisava “de um fôlego” não estamos tirando dinheiro do Brasil para colocar lá”, ressaltou ela.


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