Um alto oficial da Coreia do Norte acusou, nesta terça (18), os EUA de criar “uma situação perigosa na qual uma guerra termonuclear pode explodir a qualquer momento”.
O embaixador da Coreia do Norte na ONU, Kim In-ryong, descreveu os exercícios militares conjuntos realizados pelos EUA e pela Coreia do Sul como os mais agressivos possíveis e disse que seu país estava “pronto para reagir a qualquer tipo de guerra desejado pelos EUA”.
A advertência de Kim ocorre no mesmo dia em que o vice-presidente americano, Mike Pence, em visita à Ásia, garantiu ao Japão que Washington trabalharia em estreita colaboração com seus aliados na região para conseguir uma solução pacífica para a crise e desnuclearizar a península coreana.
A “aliança entre Estados Unidos e Japão é a pedra angular da paz e da segurança no nordeste da Ásia”, declarou Mike Pence em um encontro com o primeiro-ministro nipônico Shinzo Abe.
Abe defendeu a busca de uma solução pacífica na crise com a Coreia do Norte.
“É muito importante desenvolver esforços diplomáticos e buscar uma solução pacífica”, declarou o chefe de governo japonês.
“Ao mesmo tempo, apenas o diálogo pelo diálogo carece de valor e é necessário pressionar”, completou.
Pence desembarcou em Tóquio nesta terça-feira (18), após uma visita à Coreia do Sul, para abordar o tema da tensão com a Coreia do Norte após os testes de mísseis em março e abril, decididos pelo dirigente norte-coreano Kim Jong-Un.
As declarações do embaixador norte-coreano ocorrem um dia depois de Mike Pence ter dito que nem seu país nem a Coreia do Sul irão tolerar novos testes nucleares e de mísseis do regime norte-coreano.
“A era da paciência estratégica” dos EUA com Pyongyang acabou, afirmou Pence durante visita à zona desmilitarizada, área que divide os territórios da Coreia do Norte e da Coreia do Sul. “Todas as opções estão na mesa para conquistar os objetivos e garantir a estabilidade do povo desse país [Coreia do Norte]”, disse ele aos repórteres.
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