07 de agosto de 2024
Mundo

Guerra nuclear: ameaça de Putin teria gerado êxodo na Rússia com fila de carros e procura por voos para sair do país

As informações ainda são poucas, mas a Finlândia já afirmou que vai preparar uma "solução nacional" para limitar passagem de ​​​​​​​russos pelo seu território
"Eu gostaria de relembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição, e em alguns casos eles são mais modernos do que aqueles de países da Otan", disse o presidente da Rússia em pronunciamento. (Foto: reprodução)
"Eu gostaria de relembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição, e em alguns casos eles são mais modernos do que aqueles de países da Otan", disse o presidente da Rússia em pronunciamento. (Foto: reprodução)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, em pronunciamento gravado na TV e transmitido na manhã desta quarta (21) determinou a mobilização de cerca de 300 mil reservistas para lutar na Guerra da Ucrânia. Além disso, o chefe de Estado afirmou que está disposto a fazer isso com armas nucleares contra os EUA e aliados que apoiam Kiev, capital da Ucrânia.

Horas depois da afirmação, o clima teria sido de caos durante o dia: procura por voos para sair da Rússia disparou e uma suposta fila quilométrica de carros russos tentando entrar na Finlândia, o único país europeu com fronteira direta que ainda aceita a entrada de russos com visto, teria se formado na fronteira. Aparentemente, fala do presidente russo gerou êxodo no país, dando a entender que população não concorda com guerra. Veja vídeos:

https://twitter.com/alexandrebie/status/1572642523658477574

De acordo com Putin, porém, pedido é necessário, por que o Ocidente, “na sua política agressiva antirrussa”, teria cruzado “todos os 1.000 km de linhas”, referência ao fato de que os EUA e aliados forneceram bilhões de dólares em armas e inteligência a Kiev. “Chantagem nuclear tem sido usada, e não estamos falando apenas do bombardeio da usina de Zaporíjia. Mas também de pronunciamentos de altos representantes da Otan sobre a possibilidade de usarem armas de destruição em massa contra a Rússia”, afirmou o presidente da Rússia no pronunciamento, já que no domingo (18), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, havia o alertado a não usar a bomba e insinuando reação proporcional.

“Eu gostaria de relembrá-los que nosso país também tem vários meios de destruição, e em alguns casos eles são mais modernos do que aqueles de países da Otan. Quando a integridade de nosso país é ameaçada, é claro que que nós iremos usar todos os meios à nossa disposição para proteger a Rússia e seu povo. Isto não é um blefe”, completou Putin.

Enquanto isso, apesar de as informações ainda serem poucas, o governo finlandês já afirmou que vai preparar uma “solução nacional” para limitar ou mesmo impedir a passagem de turistas ​​​​​​​russos pelo seu território. O país já reduziu para um décimo, em setembro, o número de vistos concedidos a russos, em resposta à invasão da Ucrânia por Moscovo, mas é atualmente o único membro da União Europeia que faz fronteira com a Rússia a permitir a entrada de cidadãos russos com vistos Schengen.

Medidas, segundo ministro dos assuntos estrangeiros, Pekka Haavisto, “podem incluir nova legislação, a ser adotada muito rapidamente, ou uma interpretação da lei em vigor”. “A Finlândia não quer ser um país de trânsito para os vistos Schengen emitidos por outros países. Pretendemos controlar esse tráfego”, também afirmou ele.

Já uma reportagem da CNN também afirmou que as vendas de voos para sair da Rússia dispararam rapidamente nesta quarta-feira (21), depois do pronunciamento do presidente. As informações foram retiradas também dos dados do Google Trends, que mostraram um aumento nas buscas pelo Aviasales, o site de reservas de voos mais popular da Rússia. Voos diretos de Moscou para Istambul, na Turquia, e Yerevan, na Armênia, destinos que permitem a entrada de russos sem visto, estavam esgotados.


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