29 de agosto de 2024
Destaque 2 • atualizado em 24/11/2020 às 14:39

Guedes não nega prorrogação de auxílio emergencial se houver segunda onda da covid-19

Ministro Paulo Guedes. Imagem: Anderson Riedel.
Ministro Paulo Guedes. Imagem: Anderson Riedel.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o auxílio emergencial deverá acabar no fim do ano. “Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força. Do ponto de vista do governo, não existe prorrogação de auxílio emergencial”, pontuou ministro nesta segunda-feira (23/11), em evento virtual organizado pela Empiricus.

Segundo o ministro, ele vai atuar com “evidências empíricas” e que há muita pressão política pela prorrogação do auxílio emergencial. Guedes também não descartou uma prorrogação do auxílio emergencial se, de fato, ocorrer uma nova onda da covid-19. “Estamos preparados para reagir, mas não adianta criar fatos que não existem. Se tiver segunda onda [da pandemia], já sabemos como reagir, o que funcionou e o que não funcionou, sabemos o nome dos beneficiários que realmente precisam”, pontuou Guedes.

O ministro fez críticas, sem citar nomes, e disse que o governo não será “dirigido” pelo que ele chamou de “fabricações”. Guedes não vê hoje nenhuma evidência de uma segunda onda da covid-19 no Brasil, por isso não há, segundo ele, necessidade de acionar o “gatilho” de ações emergenciais, e falar em medidas de isolamento agora seria “precipitação”. “Não podemos fabricar falsificações de realidade”, acrescentou.

O chefe da Economia disse também que a “evidência empírica é que a doença diminuiu” no Brasil.

“Dizer hoje que Brasil precisa trancar tudo e estender auxílio é precipitação. Não há hoje evidência [de 2ª onda] para puxar esse gatilho”, disse.

No entanto, nesta segunda-feira (23/11), pesquisadores de diferentes universidades públicas divulgaram uma nota técnica, baseados em dados da pandemia no Brasil, afirmando que o Brasil vive “início de uma segunda onda”. Ainda de acordo com estes cientistas, este aumento de casos dá-se por falta de “testagem sistemática com rastreamento de casos”; falta de uma “política central coordenada, clara e eficaz de enfretamento da situação e “afrouxamento das medidas de isolamento sem evidências empíricas, sem uma análise cuidadosa por uma painel de especialistas”.


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