Integrantes de grupos rivais com atuação nas regiões oeste e sudoeste da capital foram presos pela Polícia Civil. Os criminosos são responsáveis pela morte de 24 pessoas e duas tentativas de homicídio em dois anos. Oito componentes dos bandos ainda estão foragidos. A motivação das mortes é uma disputa envolvendo o tráfico de drogas.
Atualmente os bandos são compostos por 16 integrantes. 6 deles estão presos, um menor está apreendido. Oito estão foragidos e um ainda não foi identificado.
Os crimes estão sendo praticados desde o ano de 2013. O bando da região Oeste é comandado por Topete. Ele está na Casa de Prisão Provisória. De lá ele conseguia comandar o tráfico de drogas e ainda dar ordens para fazer atos de vingança a quadrilha contrária. Segundo a polícia, este grupo é responsável pela morte de 14 pessoas.
Já o outro bando era comandado por um homem. Segundo a Polícia Civil, o grupo atua na região sudoeste teria matado 7 pessoas, sendo acusado ainda por duas tentativas de homicídio.
No decorrer das investigações, a polícia descobriu que há ainda há um terceiro grupo com atuação no Jardim América. A divergência era com a quadrilha da região sudoeste, especialmente com integrantes residentes no Parque Anhanguera 2. Porém, o motivo não era o tráfico de drogas, mas sim briga por conta de mulheres. O bando do Jardim América teria matado 3 pessoas.
“Esse grupo do Jardim América não rivalizava por conta do tráfico de drogas. A motivação era envolvimento com mulheres. Este grupo rivalizava com o da região sudoeste em especial no Parque Anhanguera 2. Do grupo do Jardim América foram mortas duas pessoas”, afirma o adjunto da Delegacia de Investigações de Homicídios, Paulo Ribeiro.
Investigação
De acordo com o adjunto Paulo Ribeiro, foi feita uma sistematização de dados a partir de elementos informativos como: modo de execução, local, motivação e meio empregado. A partir daí foi possível mapear os dois grandes grupos que disputam tráfico de drogas.
“Estes grupos são bem articulados. A motivação principal era a venda de entorpecentes e a afirmação de poder e posteriormente a gente identificou que havia vinganças de mortes entre grupos rivais”. Afirma o delegado.
O delegado informou que foi feito um levantamento de vida pregressa dos integrantes. Foi identificado que todos eles possuem antecedentes criminais em situações graves como homicídios, tráfico de drogas e roubos. Alguns deles estão soltos o que permitiu que praticassem novos homicídios.
Foi informado pelo delegado Paulo Ribeiro que as quadrilhas têm integrantes denominados de “bebês”. A função seria de garantir a segurança, cobrar dívidas e matar. Os líderes cuidariam da parte administrativa e gerencial do negócio.
Grupos envolvidos em séries de crimes
Do grupo que atua na região Oeste, além do líder, vulgo Topete, outros três suspeitos também cumpriam pena na Penitenciária Odenir Guimarães, mas fugiram no último dia 15 de abril.
Entre os fugitivos estava o que foi morto no início da semana em confronto com a Policiais Militares do Graer na região do Jardim Planalto. Os outros dois seguem foragidos. Além deles, a polícia ainda identificou outros três suspeitos, sendo que um está preso e os demais ainda são procurados.
Os integrantes do outro bando também estavam envolvidos em crimes de repercussão pública. Dos oito suspeitos do grupo da região Oeste, dois estão sendo mantidos sob escolta policial no Hospital de Urgências de Goiânia (HUGO).
Eles participaram de tiroteio em uma boate no Setor Marista, no último dia 28 de março, e ficaram baleados. Um dos que estão no HUGO é o vulgo Naice.
Segundo a policia, ele é o autor do assassinato de um policial civil, que atuava no Distrito Federal, ocorrido no Centro de Cultura, Esporte e Lazer (Cel) da OAB. Os demais envolvidos seguem foragidos.
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