14 de outubro de 2024
OPERAÇÃO VOLTANDO EM PAZ

Grupo formado por 48 repatriados da Faixa de Gaza chega ao Brasil nesta segunda-feira (11)

Desde o início da guerra, governo brasileiro já repatriou 1.524 brasileiros e palestino-brasileiros em 11 voos
Após 15 horas de voo, os brasileiros foram recebidos por autoridades brasileiras. (Foto: Governo Federal/FAB)
Após 15 horas de voo, os brasileiros foram recebidos por autoridades brasileiras. (Foto: Governo Federal/FAB)

Um grupo formado por 48 pessoas repatriadas da Faixa de Gaza chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (11), em uma aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB). O avião decolou de Cairo, capital do Egito, às 19h03, do horário local, de domingo (10), pousando na Base Aérea de Brasília às 3h47. Após 15 horas de voo, os brasileiros foram recebidos por autoridades brasileiras.

Considerando os brasileiros que desembarcaram no país nesta madrugada, 11 possuem dupla cidadania, sendo Brasil-Palestina, e 37 palestinos parentes de cidadãos brasileiros. Destes, 27 são crianças e adolescentes, 17 mulheres e quatro homens.

Entretanto, o Itamaraty informou que enviou uma lista de 102 pessoas para as autoridades israelenses, das quais 24, em sua maioria homens, não tiveram autorização para cruzar a fronteira. Segundo o governo brasileiro, não se sabe o motivo de terem sido impedidos por Israel e, até o momento, não há previsão de novo voo de repatriação.

Desde o início da guerra, o governo brasileiro já retirou 1.524 pessoas da Faixa de Gaza e de Israel, sendo brasileiros e palestino-brasileiros, incluindo 53 animais domésticos, em 11 voos de repatriação.

Próximos passos

De acordo com o secretário nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, André Quintão, em um primeiro momento os repatriados ficarão de dois a três dias em Brasília. Os próximos passos da chegada envolvem apoio psicológico, imunização, contato e documentação.

“Em um primeiro momento, eles ficarão de dois a três dias em Brasília. A primeira etapa é do apoio psicológico, de imunização, de estabelecer contato com familiares e parentes e a questão da documentação. Alguns vão para as casas de familiares e amigos. Os que estiverem sem referência serão abrigados no Sistema de Assistência Social em instituições em que tenham todo o apoio de acolhimento e alimentação. Um suporte para reconstituírem a trajetória, já que vêm de situação bastante complexa”, explicou.


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