12 de agosto de 2024
Aparecida de Goiânia • atualizado em 13/02/2020 às 00:53

Grupo de trabalho irá mapear haitianos residentes em Aparecida

(Foto: Enio Medeiros)
(Foto: Enio Medeiros)

Lançado pela Prefeitura de Aparecida junto com a UFG, o grupo de trabalho tem como objetivo encontrar soluções para as principais necessidades dos imigrantes.

Mais de 500 imigrantes haitianos escolheram Aparecida de Goiânia para recomeçar uma nova vida, após o terremoto que devastou o país caribenho em janeiro de 2010, onde mais de 150 mil pessoas morreram. E para prestar toda assistência a eles, como integração à sociedade e a regularização da situação no país, a Prefeitura do município e a Universidade Federal de Goiás (UFG) criaram um grupo de trabalho.

O grupo irá mapear a comunidade haitiana, levantar dados, acompanhar e buscar parcerias com secretarias e órgãos municipais. Participam do grupo de trabalho equipes das secretarias de Saúde, Desenvolvimento Econômico, Educação, Assistência Social e Trabalho e pesquisadores da UFG. As reuniões são organizadas e conduzidas pela Secretaria de Articulação Política. 

Segundo informações da Prefeitura de Aparecida, em janeiro, o prefeito Gustavo Mendanha recebeu a visita da Drª e professora da UFG Marta Rovery e dos alunos do mestrado em Saúde Coletiva Giovanna Rangel e Luciano de Moura Carvalho, pesquisadores que estão à frente da parceira. Neste período, no início deste ano, o grupo iniciou o processo de reconhecimento das áreas habitadas pelos haitianos e concluiu que os setores onde concentram o maior número de imigrantes são o Setor Expansul com cerca de 350 haitianos e o Setor Central com cerca 210.

A equipe também realizou visitas técnicas em escolas e em uma unidade básica de saúde no Expansul. Em Goiânia, foram localizados grupos no Jardim Guanabara, Setor Leste Universitário e em bairros próximos a GO-040. Segundo o levantamento inicial, a maior dificuldade encontrada pelos profissionais que atendem os imigrantes é entender a língua, que pode variar entre o francês e o créole.

Segundo a equipe, as principais demandas dos haitianos é falta de vagas em escolas e Cmeis e a ausência de uma casa de acolhimento. Outras necessidades apontadas pelos haitianos são voltadas para questões de saúde, habitação e emprego. Os imigrantes solicitam a criação de políticas públicas que atendam a essas demandas para diminuir a vulnerabilidade das famílias haitianas nessas áreas.

O secretário de Articulação Política do município, Ricardo Teixeira, colocou sua pasta a disposição do grupo de trabalho e enfatizou que a prefeitura deseja ter boas notícias da parceria. “O nosso desejo e o do prefeito Gustavo Mendanha é ver resultados positivos desta parceira entre a UFG e Aparecida. É importante o município estar atento e no controle da situação para que seja feito um trabalho preventivo e não de emergência”, pontuou o secretário, que espera que o projeto seja um espelho para outras cidades.

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