14 de outubro de 2024
Operação Bomba

Grupo criminoso é investigado por usar tempero culinário em fabricação de  anabolizantes, em Anápolis 

O grupo usava colorau para mudar a cor do produto e ficar parecido com testosterona sintético
Operação foi deflagradas nesta quarta-feira (26). (Foto: Divulgação/ Geic)
Operação foi deflagradas nesta quarta-feira (26). (Foto: Divulgação/ Geic)

Uma Operação deflagrada pelo Grupo Especial de Investigação Criminal (Geic), de Anápolis nesta quarta-feira (26), investiga uma organização criminosa que fabrica, revende e distribui anabolizantes adulterados para todo Brasil.

Ao todo foram cumpridos 23 mandados de busca e 19 de prisão, além do sequestro de bens/bloqueio de valores das contas dos investigados (incluindo imóveis e veículos automotores). De acordo com o delegado Jorge Bezerra, o grupo usava tempero de cozinha, o colorau, para mudar a cor do produto para ficar parecido com a testosterona sintética.

Conforme a investigação o montante chega a mais de R$ 31 milhões de contas bancárias registradas sob o nome de 40 pessoas, físicas e jurídicas.

Os mandados foram cumpridos em Goiânia, Silvânia e Anápolis. O Poder Judiciário também autorizou o sequestro de 11 veículos de luxo, entre eles, uma BMW de R$ 800 mil. Um dos integrantes, apontado como chefe do esquema, foi preso em casa, em um condomínio de alto padrão, em Goiânia.

Segundo o delegado o chefe é influente nas redes sociais e também usava seu perfil para divulgar e vender os produtos. A investigação aponta que ele faz o uso de anabolizantes, mas não os de fabricando própria.

Além disso, segundo o delegado o laboratório produzia duas marcas de anabolizantes, nas redes sociais tem o perfil mais seguido, além de patrocinar influentes famosos do ramo (estes não teve os nomes divulgados).

Riscos à saúde

As substâncias produzidas e vendidas podem causar sérios danos à saúde dos consumidores. O laboratório produzia a substância de menor qualidade, além do uso de temperado culinário.

Os alvos da investigação são pessoas que integram o grupo criminoso, divididos entre os que trabalham no laboratório, que funciona em uma residência de alto padrão em Anápolis, alguns em função de gerência, entrega, fabricação e os laranjas, dissimulando o dinheiro oriundo do crime e repassado para os líderes. O grupo criminoso criou uma empresa de transportes, em Anápolis, apenas para distribuir os esteroides anabolizantes.


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