21 de novembro de 2024
Previsão • atualizado em 24/06/2023 às 17:41

Greve no transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia deve ser deflagrada na próxima terça, avisa presidente

A nova proposta apresentada pelo sindicato à categoria deixou os motoristas insatisfeitos
Foto: Reprodução
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Motoristas do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia saíram da reunião no Ministério Público do Trabalho (MPT) nesta sexta-feira (23/06), insatisfeitos com a nova proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (SET) à categoria que aumentou de 7% para 8% o percentual de reajuste. Uma Assembleia será realizada na próxima terça-feira (27) e pode deliberar o indicativo de greve da categoria.

Presidente do Sindicato dos Motoristas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Carlos Santos disse que o percentual não agradou a categoria. “Eu diria para você que a proposta foi até indigna para se fazer uma reflexão”, pontuou ao Diário de Goiás. A pedida inicial dos motoristas era de 15% mas eles aceitam reduzir para 11%, que foi o que propôs o procurador do MPT que tem intermediado a negociação.

Outro benefício que os motoristas não abrem mão é uma ajuda de custo de R$ 300,00 proposta pelo procurador. “Dentre várias dificuldades que os motoristas enfrentam recentemente, as empresas retiravam a manobra [transporte] que trazia e levava os motoristas para a casa. Isso foi retirado em 2017 sem nenhum aviso. Fica a cargo do motorista fazer o seu transporte. Não recebemos um vale-transporte”, destacou. “Recebemos punições severas se chegarmos atrasados. Pode chegar até a justa-causa se reincidir. Isso é uma injustiça”.

Carlos diz que por “desencargo de consciência” o Sindicoletivo marcou a Assembleia para a próxima terça-feira. “É uma proposta indigna para ser levada a sério. Vamos aguardar o SET encaminhar uma nova proposta até às 9 horas da manhã de terça-feira. Se não houver um retorno até lá, vamos entrar com um indicativo de greve”, destacou. De acordo com o presidente, a proposta das empresas também não contempla a ajuda de custo de R$ 300,00.

Sem uma proposta até lá, o indicativo de greve é anunciado ao Ministério Público do Trabalho que intermediará a forma como a paralisação ocorrerá. A tendência é que em 72 horas a operação do transporte coletivo seja iniciada. Este espaço será atualizado em breve com o posicionamento do Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (SET).

Em resposta ao Diário de Goiás, o SET afirmou, neste sábado (24), que “sempre esteve aberto para discussão e busca do consenso e solução entre as partes”. O sindicato confirmou que a proposta apresentada no MPT contempla aumento real de 2,5%, além de oferecer, para setembro, mais uma reposição da inflação.

Por fim, pontuou que, juntamente das concessionárias, “acreditam no célere entendimento entre os envolvidos, evitando assim, a paralisação do serviço, o que seria bastante negativo para os usuários e para toda a população das cidades da região metropolitana de Goiânia”, destacou.


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