O Conselho Nacional de Transportes Rodoviários de Cargas (CNTRC) informou, por meio de ofício enviado ao governo federal na última sexta-feira (29), que realizaria em todo o Brasil, a partir desta segunda-feira (01/02), paralisação nacional para reivindicar redução no preço do diesel e melhorias para a categoria, como aposentadoria especial para o setor, piso mínimo para frete e aumento na fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Na última quarta-feira (27/01), o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), solicitou que o ato não fosse realizado, pois, com isso, todos iriam perder. “Reconhecemos o valor dos caminhoneiros para a economia, apelamos para eles que não façam greve, que todos nós vamos perder”, alegou.
No entanto, a CNTRC decidiu manter a paralisação por tempo indeterminado, com a instrução de que, por conta da pandemia do coronavírus, caminhoneiros e apoiadores permaneçam em casa. Aos que estiverem em trânsito, a orientação é para que sigam as determinações de proteção, como o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento social.
Ainda na última semana, Bolsonaro afirmou que o preço do diesel está razoável na refinaria, mas sofre reajustes de ICMS, margem de lucro, dentre outros, antes de chegar nas bombas. “A solução não é fácil e estamos buscando uma maneira de não ter mais esse reajuste. Porque os impostos federais, a gente sempre disse, eu estou pronto para zerar, a gente vai para o sacrifício, mas gostaria que o ICMS acompanhasse também essa diminuição”, ressaltou.
José Roberto Stringascida, presidente da Associação Nacional de Transporte do Brasil (ANTB), que também participa da paralisação, afirmou que haverá pontos de manifestação em todo o Brasil e que a política de preço dos combustíveis é um fator relevante para a paralisação.
Até o momento, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as rodovias permanecem com fluxo livre em todo o País, com protestos pontuais.
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