O gravador de voz da cabine do avião King Air que se acidentou na última quinta-feira (19), matando o ministro do STF Teori Zavascki, sofreu danos pelo contato com a água do mar.
Os investigadores da Aeronáutica ainda não sabem se há algo gravado no aparelho e se o material poderá ser acessado.
As informações foram prestadas pela Aeronáutica, em nota, nesta segunda-feira (23).
O aparelho, chamado de CVR, chegou a Brasília na manhã do último sábado (21) e está sob os cuidados do Labdata (Laboratório de Análise e Leitura de Dados de Gravadores de Voo), do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos).
Em nota, a Aeronáutica informou que os próximos passos do Labdata são: “secagem do aparelho, verificação da integridade dos dados, processo de degravação dos dados e processo de transcrição”.
Porém, o tempo de duração de todo o processo “depende das condições do equipamento”.
Segundo a Aeronáutica, o CVR possui “duas partes”. “A primeira é o gravador em si, que armazena os dados. Essa parte é altamente protegida. A segunda é chamada ‘base’, que contém cabos e circuitos que fazem a ligação com o armazenamento de dados. É essa segunda ‘parte’ que está molhada e precisa ser recuperada”, informou a nota.
O aeroporto para o qual o avião se dirigia, na cidade de Paraty (RJ), não dispõe de torre de controle. Se o aparelho estava acionado durante o voo, teria registrado conversas na cabine e contatos do piloto com a torre de controle do Campo de Marte, em São Paulo, de onde o avião partiu.
A análise das supostas conversas poderia dar pistas aos investigadores sobre as causas do acidente.
Folhapress
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