A Câmara de Comércio Exterior (Camex) resolveu zerar a alíquota do imposto de importação para soja e milho. A Informação foi confirmada neste sábado (17/10) pelo Ministério da Economia.
De acordo com o governo brasileiro, estas medidas adotadas pelo Ministério da Economia buscam frear a alta de preços no setor de alimentos. A inflação oficial em setembro no Brasil foi de 0,64%, a maior para o mês desde 2003. A alta nos preços de alimentos e bebidas impulsionou para este cenário.
Em setembro, o governo já havia usado de mesma estratégia econômica, zerado, até o fim de 2020, a alíquota do imposto de importação para o arroz em casca e beneficiado.
Ainda de acordo com o governo, a redução da alíquota de importação da soja para zero terá validade até 15 de janeiro de 2021. A decisão abrange grãos, farelo e óleo de soja, que tinham alíquotas de 8%, 6% e 10%, respectivamente.
No caso do milho, o governo o incluiu na Lista Brasileira de Exceções à Tarifa Externa Comum, com isso a redução passa de 8% para zero e a validade será até 31 de março de 2021.
Os economistas explicam que com o dólar em alta, subiu 30% só este ano, os empresários preferem exportar a ter que fazer a venda doméstica, e isso faz com que os preços no país subam muito. O Brasil é o maior exportador de soja do mundo e com a desvalorização do real, a busca em priorizar as exportações aumenta ainda mais pelos empresários.
Após uma forte alta do preço do arroz, o óleo é agora o vilão nas prateleiras dos supermercados. Em setembro, o preço do óleo chegou a subir 30%, de acordo com a Associação Paulista de Supermercados.
Em setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu “patriotismo” aos donos de supermercados para que não subissem muito os preços dos alimentos.