O governo quer isentar de imposto de renda (IR) trabalhadores que ganhem até R$ 3 mil. A proposta foi revelada pelo líder de Bolsonaro na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros, em entrevista à Rádio Bandeirantes. Atualmente, quem tem vencimentos de até R$ 1,9 mil na carteira assinada está isento da declaração.
“Nós queremos que os 38 milhões de brasileiros, que se apresentaram para receber o auxílio emergencial e não têm carteira assinada, possam chegar ao emprego formal. Desonerar o salário mínimo e todos que tem carteira assinada é um objetivo. Queremos também aumentar o limite de isenção de R$ 1.900 para R$ 3 mil de quem paga imposto de renda. Então quem ganhar até R$ 3 mil não vai pagar imposto de renda”, disse.
A proposta integra um plano para zerar a tributação da folha para quem tem carteira assinada e ganha salário mínimo. Conforme Barros, essa é uma das bases da proposta de reforma tributária que o Planalto está discutindo com o Congresso.
Todos os setores da economia teriam a contribuição sobre o salário reduzida, e não apenas os 17 que mais empregam, como ocorre hoje. No entendimento do governo, a grande vantagem disso tudo será o estímulo à geração de empregos, afirma Ricardo Barros.
Novo imposto
O Planalto trabalha para evitar a derrubada do veto à prorrogação da atual desoneração de folha para os 17 setores, que poderia causar um prejuízo de R$ 100 bilhões por ano à União. Por isso, o governo discute com lideranças do Congresso um novo tributo.
“Para que nós possamos abrir mão de R$ 100 bilhões que são arrecadados hoje sobre os brasileiros que estão na folha de pagamento por carteira assinada nós precisamos arrecadar de outro lugar. A proposta que o governo está falando é esse imposto de transações financeiras, transações digitais, é tributar o universo de transações que não está pagando impostos no país”, explicou.
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