24 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:26

Governo quer atender 80% da população com esgotamento sanitário até o fim de 2018

Reunião foi realizada no auditório Mauro Borges (Foto: Goiás Agora)
Reunião foi realizada no auditório Mauro Borges (Foto: Goiás Agora)

Foi realizado nesta terça-feira (6), encontro entre representantes do governo estadual e de 116 municípios cuja população é inferior a 5 mil habitantes. O tema debatido foi a necessidade de melhorar o tratamento de esgoto nestas cidades. Uma alternativa para o momento foi a utilização do sistema de fossa séptica.

Em Goiás, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis), divulgados em janeiro deste ano e referentes a 2015, indicam que menos de 60% da população goiana é atendida pelo sistema de esgotamento sanitário, seja com rede coletora de esgoto ou com fossa séptica/sumidouros, o que coloca o Estado na 16ª posição do ranking nacional. A meta do governo é chegar ao 11º lugar até 2018, com 80% da população atendida.

“O esgoto tem tudo a ver com o Meio Ambiente, o cumprimento à legislação rigorosa que existe hoje e com a visão da Saneago de universalizar a água e o esgoto em Goiás, hoje o grande desafio é o esgoto. Em relação a água, já estamos quase lá. Agora o esgoto falta um longo caminho. Só temos 54% de cobertura no estado”, destacou o presidente da Saneago, Jalles Fontoura.

As metas traçadas fazem parte do programa Goiás Mais Competitivo e Inovador. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Cidades, Assuntos Metropolitanos, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Secima), Vilmar Rocha (PMDB), é preciso orientar os representantes dos pequenos municípios e apresentar alternativas como a utilização do sistema de fossa séptica.

“Para fazer um sistema de tratamento de esgoto numa cidade de até 5 mil habitantes, custa R$ 13 milhões, aproximadamente. A médio prazo, a curto prazo, o Estado e os Municípios vão ter dinheiro para fazer este sistema público de saneamento? É provável que não. Estamos apresentando a solução para os Municípios investirem na fossa séptica com sumidouro, a maior parte só tem a fossa negra. Para isso, os Municípios podem fazer leis para que novos loteamentos tenham fossa séptica. É uma solução de saneamento mais barata, mais simples”, destacou o secretário.

A gerente de Políticas Habitacionais e de Saneamento da Secima, Marisa Pignataro de Sant’Anna explicou que a utilização do sistema de fossa séptica é uma alternativa interessante, pois agride menos o meio ambiente.

“A norma brasileira tem um desenho de duas unidades, o tanque séptico e o sumidouro. O esgoto passa pela caixa de gordura vem para a primeira unidade que é o tanque séptico, ele vai ficar tampado, haverá uma digestão biológica, bactérias vão comer a matéria orgânica e depois o líquido vai para o sumidouro, é uma opção bem melhor do que fossa negra”, explicou.

O presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM) e prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (PMDB), disse que a colaboração do estado ajuda até mesmo na captação de recursos para realização de obras de saneamento.

“O índice de saneamento básico ainda é muito baixo, acho que esta ação da Secima pode ajudar a buscar mais recursos para atender o maior número de população e isso pode chegar também aos pequenos municípios”, declarou.

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