O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta quinta-feira (31), em entrevista, que postos de gasolina que não abaixarem o preço do óleo diesel em R$ 0,46 a partir de sábado (2) serão multados em até R$ 9,4 milhões.
Em entrevista coletiva, o ministro afirmou que os postos também poderão ter as atividades interrompidas temporariamente, serem interditados ou até terem a licença cassada caso descumpram a determinação.
Para acabar com a greve dos caminhoneiros, o governo prometeu às refinarias uma redução de R$ 0,46 no preço do litro do diesel.
Para garantir que o desconto será aplicado aos postos, Padilha afirmou que será editada uma portaria do Ministério da Justiça, que fiscalizará e negociará com as distribuidoras de combustíveis.
A entrevista foi dada após reunião do grupo de crise do governo. Nesta quinta, se reuniram, no Palácio do Planalto, além de Padilha, os ministros Sergio Etchegoyen (GSI), Carlos Marun (Segov), Rossielli Soares (Educação), o chefe do estado-maior, almirante Ademir Sobrinho e os secretários-executivos das pastas de Minas e Energia, Márcio Félix, e da Saúde, Adeilson Cavalcante.
Nos postos de combustível, a situação começa a se normalizar. Na zona oeste de São Paulo, os estabelecimentos tinham estoque e poucas filas na tarde deste feriado de Corpus Christi (31).
Em frente ao portão 7 da Ceagesp, havia uma fila pequena para abastecimento no posto da Shell, às 13h, com cerca de dez carros.
Segundo o gerente, Joaquim Gallo, o estabelecimento recebeu, na quarta-feira (30), 60 mil litros de combustível, entre diesel, gasolina comum e aditivada. Uma nova leva estava prevista para chegar nesta sexta (1º).
No Ipiranga da praça Panamericana, não havia espera, mas o estoque disponível estava perto do fim, às 14h.
Já no cruzamento da rua Sena Madureira com a avenida Domingo de Moraes, na Vila Mariana, o posto Ipiranga também tinha combustível e estava sem filas.
A reportagem também não presenciou espera para abastecer nos postos do Rio de Janeiro. A maior parte das filas foi vista no início da manhã, com pessoas saindo para o feriado.
Segundo o sindicato que reúne a revenda de combustível na capital fluminense, o Sindicomb, a situação está quase 100% normalizada.
Alguns locais têm falta de um produto ou outro, mas não há cenário generalizado de desabastecimento. No entanto, como a maior parte dos carregamentos chegou na quarta (30) e em quantidades pequenas, os estoques já estão acabando na bomba.
Em um posto no Humaitá, próximo ao túnel Rebouças, principal via de ligação entre as zonas sul e norte, as filas eram grandes pela manhã. À tarde ainda havia combustível, mas o movimento de motoristas era pequeno.
Em Curitiba e Região Metropolitana, mais de 80% dos postos têm combustíveis, segundo o Sindicombustíveis-PR. “As entregas feitas pelas distribuidoras ainda não estão totalmente normalizadas, mas já não vemos casos de grandes filas.”
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