O governo federal pretende colocar em operação a usina nuclear de Angra 3 em 2026. A sinalização foi feita no fim da manhã desta quinta-feira (6) pelo presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Luiz Augusto Barroso.
A EPE é responsável por elaborar o chamado “Plano Decenal do Setor Elétrico” ou “PDE”, que formula as bases para a expansão do setor no país.
Segundo Barroso, o PDE 2016-2026 deve ser divulgado ainda esta semana. O plano será o primeiro pós governo Dilma Rousseff.
No processo de substituição da então presidente, o desenvolvimento do plano, que é divulgado anualmente, havia sido interrompido. Indicado por Michel Temer para a presidência da EPE, Barroso assumiu em julho de 2016 com a tarefa de retomar o plano.
De acordo com ele, a previsão de entrada em operação de Angra 3 em 2026 constará da versão a ser divulgada. A usina nuclear está em fase de construção no município de Angra dos Reis, a cerca de 160 km da capital do Rio.
Segundo Barroso, neste momento a dúvida que existe é quanto a finalização do processo de investimento e construção da obra.
“O desafio de Angra é mais o modelo de negócios do financiamento, investimento incremental, como vai fazer para trazer um investidor externo”, disse Barroso.
A construção da usina foi alvo de desvios de dinheiro e corrupção, segundo o Ministério Público Federal.
No ano passado, 13 pessoas -entre elas o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro- foram condenados por crimes cometidos na construção da usina. Pinheiro está preso atualmente.
Em março passado, outras sete pessoas, das quais cinco ex-executivos da Eletronuclear, também foram presas e denunciadas por lavagem de dinheiro. (Folhapress)
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