As autoridades alemãs afirmaram que, por falta de evidências, foi liberado o suspeito do ataque com um caminhão em Berlim, nesta segunda (19), que deixou 12 mortos e 48 feridos.
Mais cedo, o procurador alemão Peter Frank já havia dito que o homem poderia “não ser o responsável ou pertencer ao grupo de responsáveis”.
Segundo Frank, os investigadores tratam o ataque como ato de terrorismo, embora ninguém tenha assumido a responsabilidade. Ele disse ainda que não está claro se foi um criminoso ou se foram vários.
O procurador afirmou que o método usado é semelhante ao do ataque realizado em Nice, em julho, e ao “modus operandi” utilizado por grupos extremistas islâmicos.
Em sua conta no Twitter, a polícia da cidade confirmou que o suspeito havia negado envolvimento com o ataque. “Portanto estejam particularmente alerta”, diz a postagem.
“Temos o homem errado”, afirmou um chefe sênior da polícia ao jornal alemão “Die Welt”. “Logo, uma nova situação. O verdadeiro autor ainda está armado, foragido e pode causar novos danos”, disse a fonte, segundo o jornal.
“Há muito que ainda não sabemos”, disse a chanceler alemã Angela Merkel durante uma entrevista coletiva durante a manhã. “Será especialmente difícil de aguentar isso se for confirmado que a pessoa que cometeu esse ato é alguém que procurou asilo e proteção.”
O incidente ocorreu durante a noite desta segunda (19) em um mercado natalino na capital alemã. Houve outros 48 feridos. Um deles era um polonês que foi encontrado no assento do motorista do caminhão, com um ferimento causado por arma de fogo.
O suspeito de ter atropelado o público do mercado natalino é um refugiado nascido em 1993 no Paquistão.
Polonês
O polonês que dirigia o caminhão que foi usado no ataque havia chegado horas antes à capital da Alemanha e conversado com a mulher por volta das 15h do horário local (12h de Brasília), de acordo com seu primo.
Quando ela ligou novamente uma hora depois, não houve resposta.
“O telefone estava simplesmente mudo. Ele deveria ter atendido se estivesse em um intervalo, particularmente se sua mulher estivesse ligando”, disse seu primo, Ariel Zurawski, que também era seu chefe na empresa de transporte.
“Às 15h45, pode-se ver o movimento no GPS. O carro ia para frente e para trás. Como se alguém estivesse aprendendo a dirigi-lo”, completou Zurawski à emissora pública polonesa “TVP Info” nesta terça-feira. “Eu sabia que havia algo errado”.
Folhapress
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