O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (16) que não retomará com o horário de verão no país. O Ministério de Minas e Energia estudava a possibilidade do retorno da implementação da medida de economia, de outubro a fevereiro, mas, informou que não será necessário, pois o Brasil possui segurança energética assegurada este ano.
Em coletiva de imprensa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, explicou que o governo decidiu ir contra a recomendação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) – composto de membros do MME; da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel); da Agência Nacional do Petróleo (ANP); da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE); da Empresa de Pesquisa Energética (EPE); e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) – que indicou, por meio de estudos e relatórios, que seria benéfico ao país retornar com o horário de verão em 2024.
Em setembro deste ano, um estudo divulgado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontou que o retorno da adoção do horário de verão resultaria em uma economia de até 2,9% da demanda máxima de energia elétrica no Brasil. Em dados financeiros, o percentual corresponde a uma redução de custos de cerca de R$ 400 milhões para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) em um período de cinco meses, mais especificamente, entre outubro e fevereiro.
O estudo da ONS, indicou, ainda, que o impacto positivo seria especialmente percebido nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul, além do SIN. A avaliação do impacto prático no consumo de energia pela ONS demonstrou que em relação a redução da carga média diária, o horário de verão seria ineficaz, no entanto, foram notadas “reduções significativas em dias úteis, sábados e domingos, sob diversas condições de temperatura”, principalmente em momentos de demanda máxima no período noturno.
O horário de verão vigorava em 10 estados, mais o Distrito Federal: Espírito Santo; Goiás; Mato Grosso; Mato Grosso do Sul; Minas Gerais; Paraná; Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul; Santa Catarina; e São Paulo. A medida foi extinta em 2019, no governo Bolsonaro. Conforme Alexandre Silveira, a questão do retorno do horário de verão voltará a ser avaliada em 2025.
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