22 de dezembro de 2024
Brasil

Governo exonera presidente da Funai nesta sexta

O ex-presidente da Funai Antonio Fernandes Toninho Costa, com o cacique Raoni - Divulgação Funai
O ex-presidente da Funai Antonio Fernandes Toninho Costa, com o cacique Raoni - Divulgação Funai

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Toninho Costa, presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (5). A exoneração foi publicada no “Diário Oficial da União’. Toninho Costa assumiu o cargo em setembro do ano passado. A demissão ocorre em meio a conflitos entre índios da etnia Gamela e fazendeiros, no Maranhão. As informações são da Agência Brasil.

Além disso, o órgão indigenista foi criticado recentemente pelo ministro da Justiça, Osmar Serraglio, por sua lentidão na condução de processos de demarcação de terras indígenas. No último dia 3, Serraglio cogitou fazer um mutirão para “identificar os processos que estão muito lentos, amarrados e até dificultados”, disse o ministro durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Na oportunidade, o ministro foi perguntado sobre se pretendia demitir o então presidente da Funai. “Nós vivemos em uma coalizão. Nela, se identifica eventuais pessoas de confiança. Nós construímos essa coalizão por meio de uma partilha com os diversos partidos. Assim também ocorre com a Funai. Então não é o ministro da Justiça quem vai decidir em relação ao presidente da Funai. Claro que vai ser o ministro quem vai identificar a proficiência e a qualificação possível. Isso se houver troca de presidente”, disse Serraglio.

Maranhão

Serraglio disse que está em contato com a Polícia Federal, para se manter informado sobre o ataque aos índios Gamela. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário, pelo menos 13 índios foram feridos por facadas, pauladas e tiros. “O que posso afirmar é que, desde o primeiro momento, entrei em contato com a PF para pedir participação, investigação e proteção da polícia [aos índios]. Devo ter falado mais de dez vezes com o delegado para me informar sobre o que estava acontecendo”, disse o ministro


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