19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:31

Governo e PMDB não temem delações, diz Jucá

CPMF é assunto polêmico no congresso ( foto: Agencia Senado)
CPMF é assunto polêmico no congresso ( foto: Agencia Senado)

Mencionado 105 vezes no acordo de delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht, o líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), disse que nem a gestão Michel Temer nem o PMDB tem medo de delações.

Apontado como o “homem de frente” das negociações da empreiteira no Congresso, Jucá disse nesta terça-feira (13) que não é possível que se duvide da classe política e do governo e que as “suspeições irresponsáveis” geram um “terremoto” na credibilidade do governo.

“O governo não teme delações, o PMDB não teme delações”, afirmou Jucá. “Não dá para se ficar duvidando da classe política, do governo, o tempo todo se levantando suspeições irresponsáveis de inverdades que são colocadas, que não são provadas e que geram um grande terremoto na credibilidade do governo”, disse ele após a sessão do Senado em que o governo conseguiu aprovar emenda à Constituição que estabelece um teto para os gastos públicos.

Jucá desconversou quando questionado se haveria algum pedido de anulação da delação de Cláudio Melo Filho e disse esperar que a lei fosse cumprida.

“Não é a classe política que anula delação. O que anula delação é a lei. Vamos esperar que se cumpra a lei e verificar que tipo de descumprimento está sendo feito”, disse Romero Jucá.

“Não queremos discutir validade ou não validade [da delação]. Queremos discutir verdade, transparência, responsabilidade, investigação responsável e principalmente rapidez nas investigações para não gerar suspeições irresponsáveis sobre qualquer pessoa”, afirmou o líder do governo.

O senador mencionou ainda requerimento encaminhado pelo presidente Michel Temer, citado na delação, ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta segunda-feira (12).

Na carta, Temer chama de “ilegítima” a divulgação por meio de vazamento de investigações criminais e disse que a lentidão em procedimentos investigatórios perturba áreas de interesse do governo federal.

O presidente também pediu no documento celeridade na conclusão de investigações em curso e solicita que as delações premiadas sejam “o quanto antes finalizadas” e divulgadas “por completo”.

“O presidente foi muito responsável, muito firme ao cobrar do Ministério Público clareza”, disse Jucá.

Folhapress

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