26 de dezembro de 2024
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“Governo é mais letal que o vírus”, avalia presidente de movimento estudantil ao defender manifestação durante pandemia

Manifestantes foram às ruas na manhã deste sábado (29/05) (Foto: Reprodução)
Manifestantes foram às ruas na manhã deste sábado (29/05) (Foto: Reprodução)

Manifestantes contrários à gestão adotada pelo governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus foram às ruas de Goiânia neste sábado (29/05) protestar contra a política do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) contrariando as medidas sanitárias recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No entanto, a presidente da União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO), Thais Falone, defende o ato e avalia o cenário vivido pelo Brasil como catastrófico. ““Não dava mais para ficar em casa vendo todo esse estrago”, destacou.

Em meio a quase 460 mil vidas perdidas pela Covid-19, cortes de orçamento das universidades públicas e uma reforma administrativa em tramitação no Congresso Nacional. Acrescente aí, uma negociação que demorou a ser concretizada para aquisição de vacinas, demorando a imunização da população brasileira. Essa cena impulsionou à ida as ruas, mesmo em meio à pandemia, de acordo com Thaís. 

“As pessoas foram as ruas hoje e nós que somos dirigentes de entidades sindicais e estudantis e movimentos organizados entendemos que não dava mais para segurar. Precisamos ir às ruas porque o governo hoje está mais letal que o próprio vírus. O governo está trazendo mais riscos que o proprio coronavírus. Esse governo que está apresentando o menor orçamento para as universidades públicas e educação. Esse governo que está passando a PEC 32 da reforma administrativa, que negou 11 vezes a compra de vacinas e que matou mais de 450 mil pessoas. A gente precisa tirar esse presidente antes de 2022 senão os estragos serão maiores para o nosso país. Por isso hoje fomos para as ruas, porque esse governo está mais perigoso que o vírus”, salientou.

O apoio, inclusive, pôde ser visto por meio do apoio que os lojistas que estavam trabalhando nos estabelecimentos abertos puderam demonstrar. “Foi incrível ver o apoio da população e dos trabalhadores. As pessoas do comércio aplaudindo querendo, de fato, fazer parte daquilo e entendendo nossas bandeiras.”

Manifestação pacífica e com protocolos

A estimativa dos organizadores é que o ato tenha colocado nas ruas entre 15 a 20 mil pessoas. A presidente da entidade avalia que a manifestação foi um sucesso. “Foi gigante mesmo de forma muito pacífica e tranquila. Nós paramos o trânsito”, destacou em entrevista ao Diário de Goiás. Tudo feito para minimizar quaisquer impactos da pandemia. “A gente fez o possível para respeitar as normas sanitárias. Inclusive, nós do Movimento Estudantil organizamos as brigadas de saúde que são pessoas responsáveis para falar para as pessoas utilizarem máscaras, fiscalizando o distanciamento social, essas pessoas estavam portando álcool em gel e álcool spray 70 para passar nas mãos de todo o mundo que estava no ato.”

A tendência agora, de acordo com Falone, é que os movimentos sindicais e estudantis organizem novas rodadas de manifestações Goiás adentro. “As ruas nunca foram palco da direita nem dos bolsonaristas. As ruas sempre foram nossas. A gente quer voltar mesmo para as ruas. Estamos já pensando no encaminhamento de datas para mostrar mais uma vez para a população, o que esse governo tem feito. Hoje, Goiânia deu a resposta e mostrou que existe gente de verdade que acredita na vida, na vacina e que pode-se ter um governo melhor e um país melhor”, destacou.


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