19 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:40

Governo do RN pedirá mais homens da Força Nacional após novas rebeliões

Governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria.
Governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria.

O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria, afirmou nesta segunda-feira (16) que pedirá o envio de mais agentes da Força Nacional para ajudar o Estado a controlar a crise em seu sistema prisional.

No domingo (15), foram contabilizadas 26 mortes na Penitenciária de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal (RN) por conta de uma disputa entre facções. Nesta segunda (16), houve um novo motim, e uma das alas do presídio continuava sob controle dos presos no início da noite, apesar de a polícia já ter entrado no prédio.

Nas redes sociais, o governador afirmou que vai se reunir com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (17), em Brasília, e também solicitará uma audiência com o presidente, Michel Temer, para discutir o problema, que atinge outros Estados. Desde o início do ano, já são 134 mortes em presídios.

A rebelião em Alcaçuz foi motivada por uma briga nos pavilhões 4 e 5 do presídio envolvendo as facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e Sindicato do Crime. Segundo o governo, todos os mortos são ligados ao Sindicato do Crime. Houve uma invasão de um pavilhão por presos inimigos, o que deu início ao motim.

O trabalho de identificação dos corpos deve seguir por 30 dias, diz o governo -em Roraima, onde um motim deixou 33 mortos no dia 6, o governo demorou pouco mais de um dia para divulgar uma lista com os nomes de 31 vítimas. Dois dos presos mortos no Rio Grande do Norte foram carbonizados e todos os outros foram decapitados.

Segundo o diretor do Itep (Instituto Técnico Científico de Perícia), Marcos Brandão, não há marcas aparentes de perfuração por balas nos corpos, apenas por instrumentos cortantes -ainda é preciso fazer necropsia nos corpos para identificar as causas de morte. Agentes encontraram dentro do presídio uma pistola caseira, de um cano feita manualmente, e granadas não letais, que não foram usadas, segundo o governo.

Folhapress

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