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Na manhã desta quarta-feira (17/04), o governador Ronaldo Caiado (DEM) e o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB) em reunião no Paço Municipal, assinaram uma Carta de Intenções para formalizarem o interesse do poder público na privatização da Metrobus, empresa estatal responsável pela operação do Eixo Anhanguera.
A carta justifica alguns pontos que segundo Governo e Prefeitura, justificam a privatização da empresa. Ela cita “a necessidade da melhoria da prestação do serviço do Contrato de Concessão nº 001/2011 […] uma vez que a METROBUS não tem conseguido prestar o serviço para o qual foi contratada de forma eficiente, segura, de qualidade e continuidade que atendam à demanda que a atualidade exige”; também considera que a Metrobus não vem desempenhando “adequadamente o serviço de transporte público coletivo de passageiros” porque tem enfrentado “problemas financeiros” e que atualmente possui “déficit mensal de R$ 2.500.000,00 (dois milhões e meio de reais).”
A carta também ressalta que a privatização irá preservar o interesse público e zelará pelos princípios constitucionais que “regem os atos da Administração Pública”.
O documento termina dizendo que o Poder Estadual e Municipal irão, a partir de agora, “efetivar estudos que indiquem os meios adequados para a continuidade da prestação do serviço público de transportes de passageiros na Região Metropolitana de Goiânia, de forma a atender o interesse público e propiciar as melhorias necessárias no sistema, em especial sobre a viabilidade jurídica e econômica da rescisão amigável da concessão do Eixo-Anhanguera.”
Em entrevista ao programa Roda de Entrevistas, exibido na última terça-feira (16/04), na TV Brasil Central, Caiado já havia adiantado que a Carta de Intenção seria assinada hoje. Na conversa com os jornalistas, o governador disse que destacou ser a favor da privatização da empresa desde a época da campanha. “Eu não imagino governo que tenha de tratar de assunto de ônibus, de diferencial, de pneu, de motor de ônibus”, argumentou.
Apesar de aproximadamente 250 mil pessoas passarem por dia pelo Eixo Anhanguera todos os dias e com uma passagem que acabou de ser reajustada para R$ 4,30, Caiado considera que não é rentável para o Estado manter a Metrobus. Ele explica: “Isso é algo que sai da função. O que é rentável para alguns é extremamente deficitário para o Estado de Goiás”, falou.
Presidente da Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos (CDTC), Jean Darrot (PSDB) em entrevista após o anúncio do reajuste da passagem para R$ 4,30, comentou sobre a assinatura da Carta de Intenção e iminente privatização do Eixo Anhanguera. “O Eixo assim, será reestruturado e modernizado para que possa dar uma melhor qualidade do transporte coletivo no Eixo Anhanguera e as extensões até Trindade, Goianira e Senador Canedo”, mencionou.
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