22 de dezembro de 2024
Contribuição em debate • atualizado em 22/11/2022 às 15:24

‘Governo deve ter sensibilidade com os municípios’ se taxa do agro for aprovada, diz secretário de Finanças da capital

Titular da Sefin defende que Caiado compartilhe fundo com os municípios
De acordo com Vinicius Henrique, titular da Sefin, se aprovada, contribuição do agro deve ser compartilhada com municípios
De acordo com Vinicius Henrique, titular da Sefin, se aprovada, contribuição do agro deve ser compartilhada com municípios

Marcada para ser votada na tarde desta terça-feira (22/11) em segunda e última apreciação, a base governista está esperançosa em aprovar as matérias que criam a taxa para investimentos em infraestrutura a ser paga por produtores rurais mesmo com a pressão da categoria. Se isso de fato acontecer, o Governo de Goiás também deverá olhar aos municípios, avalia o secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Vinicius Henrique.

Em entrevista ao Diário de Goiás, Vinicius alega ser justo que, no momento em que o fundo for regulamentado, o Governo do Estado lembre dos municípios e os chame para o debate. “Se o Governo tiver essa sensibilidade, no momento de regulamentar o fundo, chamar os municípios para discutir as principais demandas que por meio desse fundo, eles também serão beneficiados. Isso seria uma alternativa que ajudaria e traria um acalento um pouco a essa perda e preocupação que os municípios estão tendo”, destaca.

Vinícius lembra que da mesma forma que o Estado tem perdido arrecadação desde a lei complementar 194 foi implementada e reduzindo o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre combustíveis, diesel e telecomunicações, a situação se refletiu com os municípios. “Goiânia tem como buscar temporariamente outras fontes de renda, mas a longo prazo pode ter seus serviços prejudicados. Outros municípios, no entanto, dependem muito do ICMS”, pontua o secretário.

Henrique destaca que os prefeitos estão acompanhando de perto o assunto. “O prefeito Rogério Cruz mesmo distante está acompanhando o assunto. As associações de classe como a AGM e a FGM precisam se organizar e se unir para que no momento da regulamentação do decreto que vai criar o Fundeinfra e que vai  regulamentar a alíquota de cada produto e serviço. O que vai ser para soja, milho”, destaca.

Aprovada, o secretário defende que prefeitos e governador possam conversar. “O governador deve ter a sensibilidade para compensar os municípios. A gente tem diversas opções. Podemos estimar o que cada município e os principais produtores vão perder com o ICMS e em contrapartida o Estado irá dividir isso por meio de benefícios”, pontua.

Ele cita o caso do Anel Viário em Goiânia que apesar de ter a gestão municipalizada, há o escoamento de produtores de todo o Estado ali, de modo que o repasse seria benéfico a todos. “Se o Governo tiver essa sensibilidade, no momento de regulamentar o fundo, chamar os municípios para discutir as principais demandas que por meio desse fundo, eles também serão beneficiados. Isso seria uma alternativa que ajudaria e traria um acalento um pouco a essa perda e preocupação que os municípios estão tendo.”

Certo é, que há a urgente necessidade de recompor as perdas. Vinicius alerta que Goiânia e outros municípios tendem a ter serviços essenciais em xeque. “Mas que por outro precisamos compensar os municípios que também tem seus problemas. O Estado evita ter um problema futuro e um risco fiscal através dessa contribuição. Se não tivermos uma contra, nos próximos anos podem ter o risco de não ter uma efetiva prestação de serviços.”, complementa.


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