10 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:39

Governo de Minas decreta emergência em região com surto de febre amarela

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), decretou nesta sexta-feira (13) situação de emergência em saúde pública nas áreas do Estado atingidas pelo surto de febre amarela.

O decreto tem validade de 180 dias e abrange 152 municípios do leste de Minas, como as cidades de Governador Valadares e Teófilo Otoni, onde foram detectados 48 casos suspeitos da doença, com 14 mortes -oito delas já com confirmação laboratorial de contaminação pelo vírus. Dessas 152 cidades, o Estado afirma que apenas 21 têm casos suspeitos. Em todo o Estado, o governo investiga 110 casos suspeitos, com 30 mortes.

Publicado no “Diário Oficial” de Minas, o dispositivo permite que o governo dispense licitações para a compra de medicamentos e faça contratações temporárias de pessoal para conter o avanço da febre e tratar os doentes.

“[O decreto] autoriza a adoção de medidas administrativas necessárias à contenção do surto, em especial a aquisição pública de insumos e materiais e a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação emergencial”, diz o texto.

Durante a tarde, Pimentel irá à região afetada para se reunir com representantes dos municípios. Segundo o governo, na região vivem 2,4 milhões de pessoas. Uma das cidades mais atingidas pela doença, Ladainha, de 18 mil habitantes, já havia decretado estado de calamidade na terça (10).

O recente avanço da febre amarela acendeu um alerta entre autoridades de saúde e motivou a organização de uma força-tarefa para intensificar a vacinação nas áreas de Minas Gerais onde há registro de casos suspeitos.

A Secretaria de Saúde de Minas informou que, até esta quinta (12), foram encaminhadas mais de 350 mil doses de vacina à região onde foi decretada emergência.

A febre amarela é considerada endêmica nas regiões rurais e de mata do Brasil, onde é transmitida por mosquitos de espécies diferentes, como o Haemagogus e o Sabethes, para macacos e, ocasionalmente, para humanos não vacinados. Mas não há registro de casos em áreas urbanas -onde o vetor é o mosquito Aedes aegypti -desde 1942.

O Ministério da Saúde notificou a OMS (Organização Mundial da Saúde) dos casos, seguindo recomendação do Regulamento Sanitário Internacional de informar à organização ocorrências importantes de saúde pública.

Folhapress

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