22 de dezembro de 2024
História goiana

Governo de Goiás vai apoiar restauração do primeiro órgão de tubos do Estado

O instrumento pertence a Igreja Nossa Senhora do Rosário, da cidade de Goiás. Restauração custará mais de R$ 180 mil aos cofres públicos
A primeira peça do gênero em Goiás e uma das pioneiras do Brasil, foi encomendada em 1947 por Dom Frei Cândido Penso. Foto: Secult Goiás
A primeira peça do gênero em Goiás e uma das pioneiras do Brasil, foi encomendada em 1947 por Dom Frei Cândido Penso. Foto: Secult Goiás

O Governo de Goiás anunciou que vai apoiar a restauração do primeiro órgão de tubos do Estado, que pertence a Igreja Nossa Senhora do Rosário, na cidade de Goiás. A restauração do instrumento custará cerca de R$ 180 mil e será feita por meio do Programa de Incentivo à Cultura – Goyazes, mecanismo de fomento gerenciado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

O restauro do órgão de músicas litúrgicas entra nas comemorações do ano jubilar dos 140 anos da presença dos frades dominicanos em Goiás, que teve início em 23 de abril de 2023. O trabalho de recuperação foi anunciado neste sábado (7), durante a missa e coroação de Nossa Senhora do Rosário.

Além de reavivar a música sacra na Igreja do Rosário, a revitalização da peça também visa à preservação da rica herança cultural de Goiás. Os serviços serão realizados em São Paulo, por uma empresa especializada em restauração de instrumentos religiosos.

O reitor do Santuário Nossa Senhora do Rosário, Frei Cristiano, explica que o instrumento está há mais de 15 anos parado por diversos problemas. “O fole do órgão, que é o pulmão dele, é feito de pele de carneiro e com o passar do tempo ele deteriorou porque a umidade do ar aqui é muito seca. Então será feito todo um trabalho de revitalização e de reconstrução de fole e também de consertos dos tubos, das canaletas e teclado, além de descupinização das peças”, ressaltou.

O órgão de tubos da Igreja do Rosário é a primeira peça do gênero em Goiás e uma das pioneiras do Brasil, encomendada em 1947 por Dom Frei Cândido Penso, à época, bispo da Prelazia de Santana da Ilha do Bananal, na Itália. Além de simbólico, é de grande relevância para os vilaboenses e o público em geral, pois representou um grande passo na modernização e erudição da música litúrgica, até então muito executada nas igrejas.


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