O Governo de Goiás propôs ao Ministério do Desenvolvimento Regional a criação de uma linha de crédito específica para produtores de leite no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO). O objetivo é fortalecer a produção no Estado, com fundo que possibilite o investimento em melhoramento genético do rebanho leiteiro em Goiás.
Com efeito, a nova linha de crédito deve ser disponibilizada a partir de dezembro, se aprovada pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Condel/Sudeco), órgão gestor do FCO. Com taxa de juros menor e carência mais longa para pagamento, o FCO Leite será destinado a financiar projetos do segmento, contemplando, por exemplo, a compra de material genético com taxa zero para melhoramento do rebanho de médios e pequenos produtores de leite.
LEIA TAMBÉM: Importação de leite e derivados do Mercosul aumentou 34,45% em 2023 e ameaça pequenos produtores
De acordo com a proposta, a nova linha terá as mesmas taxas de juros do FCO Verde, de aproximadamente 7% ao ano, e prazo de pagamento de até 15 anos, com carência de quatro anos não inclusa no prazo de quitação do financiamento. O pedido também contempla taxa de juros zero para aquisição de material genético.
Objetivos
Conforme o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo Rezende, a intenção é democratizar o acesso ao melhoramento genético, o que vai beneficiar a produção leiteira em Goiás. “Nosso objetivo principal é incentivar o desenvolvimento genético do rebanho leiteiro goiano. Já temos algumas fazendas que são referências internacionais em genética de ponta. O desafio é democratizar o acesso a este material. Investir em genética de qualidade significa aumentar o valor agregado do nosso produto, seja ele o leite ou o animal, e isso é um fator decisivo para a sustentabilidade da cadeia”, argumenta.
Nesse sentido, para garantir os investimentos, R$ 300 milhões dos recursos disponíveis via FCO já estão travados para projetos do segmento. “A estimativa é de contemplar cerca de 2.500 pequenos produtores goianos com o FCO Leite, uma ideia do governador Ronaldo Caiado que a Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste) já manifestou interesse em ampliar para todos os estados da região”, afirma César Moura, secretário da Retomada e presidente do Conselho de Desenvolvimento do Estado (CDE), órgão gestor do FCO em Goiás.
Leia mais sobre: Economia