28 de agosto de 2024
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Governo de Goiás orienta produtor a não usar cama de frango na alimentação de ruminantes

Foto: Thyago Humberto, Diário de Goiás.
Foto: Thyago Humberto, Diário de Goiás.

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) do governo de Goiás trabalha na orientação de produtores para que não utilizem cama de frango na alimentação de ruminantes.

De acordo com o governo de Goiás, o uso de produtos, que possuem em sua composição proteínas ou gorduras de origem animal, é proibido na alimentação de ruminantes em todo o território nacional, segundo a Instrução Normativa 08/2004, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por isso o reforço vem sendo feito pelo estado aos produtores.

O estado se preocupa com a disseminação de doenças como o botulismo, a alimentação de ruminantes com cama de frango possa contribuir para a ocorrência, no Brasil, da encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida popularmente como ‘mal da vaca louca’.

Com o objetivo de evitar que esse problema chegue ao estado, a Seapa e a Agrodefesa têm buscado levar informações ao produtor rural sobre os riscos do uso, as penalidades em casos de fornecimento de cama de frango na alimentação e como fazer denúncias de irregularidades. Neste caso, a Agrodefesa criou o Disque Denúncia, por meio do 0800-646-1122. As denúncias também poder ser feitas por meio do Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago), através do sidago.agrodefesa.go.gov.br/sem-login/abrir-denuncia.

Segundo a médica veterinária e assessora técnica da Seapa, Carolina Berteli, o Brasil encontra-se no grupo de países com risco insignificante para a doença, porém ela enfatiza que é preciso ficar alerta.

“É uma doença com sintomatologia nervosa que leva à morte e é causada por uma proteína atípica, denominada príon, que pode ser transmitida entre os animais e para o homem por meio da ingestão de alimentos de origem animal contaminados. Além do risco de transmissão para humanos, a ocorrência de EEB no Brasil teria resultados catastróficos para a atividade agropecuária, com suspensão de exportações e grandes prejuízos ao agronegócio e a economia brasileira”, explica.

O coordenador do Programa de Estadual de Controle de Encefalopatias da Agrodefesa, Fernando Bosso, explica que caso o produtor seja flagrado fornecendo cama de frango na alimentação de ruminantes, poderá responder a processo federal e deverá abater os animais que foram alimentados com o material no prazo de 30 dias após a notificação de resultado positivo.

“Poderá, além do abate em estabelecimento sob inspeção veterinária oficial, ocorrer o sacrifício dos animais na propriedade com destruição das carcaças. É importante o confinador ter noção de que, no Brasil, não existe a Doença da Vaca Louca. É dever de todos contribuir para que continue assim. Não forneça cama de frango na alimentação de ruminantes e denuncie o uso de farinha de carne e ossos e cama de frango na alimentação de ruminantes”, acrescenta.


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