12 de setembro de 2024
Pioneirismo • atualizado em 20/10/2023 às 16:42

Governo de Goiás e UFG assinam convênio para realizar exame genético de detecção de Câncer de Mama

O exame, que será oferecido pelo SUS, detecta mutação genética de predisposição ao desenvolvimento do câncer de mama e ovário
O acordo foi assinado entre o Governo de Goiás e UFG. Foto: Marco Monteiro/SES-GO
O acordo foi assinado entre o Governo de Goiás e UFG. Foto: Marco Monteiro/SES-GO

O Governo de Goiás assinou, na última quinta-feira (19), um convênio com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para disponibilizar exames genéticos para detecção de câncer de mama e/ou ovário. A partir da parceria, Goiás será o primeiro Estado a oferecer esse tipo de análise pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

O governador Ronaldo Caiado (UB) e a reitora da UFG, professora Angelita Pereira de Lima, assinaram o Termo de Cooperação entre a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a UFG durante o lançamento do Projeto Goiás Todo Rosa. Por meio do programa, mulheres que possuem alterações mamárias consideradas suspeitas poderão fazer o teste de sequenciamento genético de forma gratuita, apenas com uma amostra de sangue.

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A reitora da UFG destacou a importância da iniciativa no Estado. “Goiás passa a ser o primeiro Estado do Brasil a implantar esse exame que é fundamental para prevenção da mulher diagnosticada, mas principalmente dos familiares, porque esse é um tipo de câncer genético herdado”, destacou Angelita.

Com efeito, o painel genético de pacientes com câncer de mama vai propiciar o rastreamento familiar. De acordo com o secretário da Saúde, Sérgio Vencio, a previsão é de que os exames comecem a ser disponibilizados ainda este ano.

Papel do exame no tratamento

O mapeamento genético é feito a partir de um exame de amostra de sangue da paciente ou do DNA extraído do tumor. No sequenciamento todas as bases presentes nos genes BRCA 1 e 2 são analisados, permitindo a identificação das mutações no gene que causam câncer de mama e ovário.

Com o diagnóstico é possível rastrear o câncer dando a paciente maiores chances de cura e qualidade de vida no tratamento. A professora da Faculdade de Medicina da UFG, Rosemar Macedo Sousa Rahal, que atua na área de mastologia e pesquisa clínica em câncer de mama, afirma que a identificação da mutação genética pode mudar o tratamento e o futuro da mulher.

Rosemar comenta que uma das possíveis alternativas pode ser a mastectomia profilática, como a que foi feita pela atriz Angelina Jolie e que inspirou o nome da lei estadual do Rio de Janeiro. “Essa cirurgia consiste na retirada do tecido mamário”, explica a mastologista.

De acordo com Caiado, os familiares de uma pessoa que sofre com câncer poderão fazer um acompanhamento e tratamento profilático para que não desenvolva a doença, e tudo isso oferecido pelo SUS. “Goiás vai investir pesado. Vamos arcar com a parcela do ponto de vista financeiro para que as pessoas que utilizam o serviço público, o SUS, possam ter a mesma qualidade de atendimento dos pacientes nas redes particulares”, destacou o governador.


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