23 de dezembro de 2024
Destaque 2

Governo de Goiás cria projeto de desenvolvimento para indústria da moda goiana

Diretor técnico da Codego, Silvio Fernandes (centro) viabiliza proposta junto ao IEL Goiás e com o Grupo Mega Moda para atender Região da 44, em Goiânia. Foto: Codego
Diretor técnico da Codego, Silvio Fernandes (centro) viabiliza proposta junto ao IEL Goiás e com o Grupo Mega Moda para atender Região da 44, em Goiânia. Foto: Codego

Com iniciativa da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e parceria do Instituto Euvaldo Lodi Goiás (IEL-GO), o Governo do Estado lança projeto de desenvolvimento para a indústria da moda, em Goiânia. A iniciativa visa fortalecer cadeias produtivas e criar novas oportunidades de negócios, além de interligar fornecedores e prestadores de serviços às empresas do segmento têxtil.

Com mais de 12 mil lojas ativas, a Região da 44, na capital, foi escolhida como ponto de partida do projeto. O objetivo do governador Ronaldo Caiado, de acordo com sua assessoria, é criar, cada vez mais, condições suficientes e apropriadas para o desenvolvimento contínuo de negócios, em suas mais variadas ramificações, no Estado. 

Neste sentido, diante de um levantamento que apontou que 61% dos grandes e médios empreendimentos pesquisados possuem seus fornecedores em outros Estados ou até mesmo em outros países, foi criado o Programa de Desenvolvimento Regional Sustentável.   

De acordo com o diretor técnico da Codego, Silvio Fernandes, será possível, com o mapeamento das necessidades de produtos e serviços, desenvolver potenciais fornecedores por meio de capacitações, para em seguida promover rodadas de negócios e, assim, ligar uma ponta à outra da cadeia produtiva.

Sílvio acredita que a capacitação é algo estratégico, tendo em vista que a pesquisa realizada pela Codego, em parceria com o IEL, apontou como motivos para a baixa procura por fornecedores locais:  entrega fora do prazo (85%), qualidade e alto preço (47%), e dificuldades na negociação (33%). Com o cenário corrigido, o prognóstico é altamente favorável à economia goiana.  

“O potencial de crescimento é gigantesco e, para isso, é preciso criar condições para atender essa demanda, que só aumenta”, ressalta o dirigente, que afirma ainda que várias cidades goianas tiveram sua realidade transformada por meio da moda. “Queremos criar polos, com facções que atendam à necessidade existente, mas nada impede de atender outros mercados ou a criação até mesmo de novas marcas”, pontua.

A gerente de Desenvolvimento Empresarial do IEL Goiás, Sandra Márcia Silva, destaca que o movimento de mobilização e adesão de empresas-âncoras já foi iniciado, e que o projeto conta com o apoio dos empresários da Região da 44. 

“A ideia é atuar sob demanda, que já existe e é grandiosa. Já apresentamos a proposta para os empresários, e eles se mostraram muito interessados”, conta. “Por isso, vamos tratar agora de cuidar dos pilares de produção, distribuição e capacitação para que mais municípios tenham condições de se tornar produtores, conectando as pontas do processo”, explica.

Parceiros

O Grupo Mega Moda será um dos parceiros dessa etapa. Carlos Luciano Martins Ribeiro, presidente do grupo, acredita que a estratégia vem ao encontro da necessidade dos empresários. “Com esse projeto, com cadeias produtivas sustentáveis, Goiás pode se tornar o Estado referência em produção de moda no país e Goiânia, a capital da moda. Temos esse potencial”, reforça. “A região geográfica também favorece, recebemos excursões do Brasil inteiro. A avenida é larga para continuar avançando”, diz.

Carlos ressalta, ainda, que pretende criar um ponto de encontro no Mega Moda, para possibilitar a realização de reuniões e de apresentações dos projetos. “Podemos contribuir com o mapeamento da demanda e no relacionamento entre o lojista, o confeccionista e o faccionista”, afirma o presidente.

Sustentabilidade

De acordo com o diretor técnico da Codego, os segmentos da mineração e da agroindústria também serão atendidos por meio do projeto, após atendimento da área de confecção. “Queremos fortalecer nossa economia, as empresas, os produtos locais e as relações comerciais, inclusive conquistando novos mercados”, explica. 

Segundo ele, o objetivo é ter uma cadeia produtiva pujante, que aproxima segmentos, aumenta o volume de compras locais e amplia os serviços ofertados no Estado. “A nossa proposta é, de fato, garantir a sustentabilidade dos negócios e criar alternativas para o desenvolvimento de Goiás, como determinou o governador Ronaldo Caiado”, ressalta.


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