25 de novembro de 2024
Desdobramentos

Governo de Goiás comemora decisão de Mendonça e diz que solução para transporte no entorno do DF não pode ser ‘unilateral’

Secretário de Governo diz que decisão do DF é 'inadmissível'
Adriano da Rocha Lima: decisão do Governo do Distrito Federal foi 'inadmissível' (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)
Adriano da Rocha Lima: decisão do Governo do Distrito Federal foi 'inadmissível' (Foto: Divulgação/Governo de Goiás)

O secretário da Governadoria do Governo de Goiás, Adriano da Rocha Lima elogiou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) em acatar o pedido do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) em suspender o aumento de 26% da tarifa do transporte público na região do entorno do Distrito Federal. Em entrevista nesta terça-feira (06/12), o titular ainda não poupou críticas ao Governo do Distrito Federal.

Lima destacou que o Governo de Goiás vinha dialogando com o Governo do Distrito Federal e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a melhor solução para o transporte coletivo nas cidades do entorno.

Um projeto em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) que regulamenta a Região Metropolitana do Distrito Federal está em curso. A decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB) pegou a administração goiana “de surpresa”.

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“Isso nos causou surpresa e indignação, justamente porque estamos dialogando com o GDF, a ANTT e os municípios para estruturar esse transporte coletivo do entorno. Estamos já com as minutas do Consórcio Interfederativo circulando e analisadas tanto pelo GDF como pela ANTT”, pontuou, explicando que a transição entre a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) para o futuro presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acabou brecando temporariamente o debate. 

“Obviamente, como estamos com mudança do Governo Federal esse processo atrasou um pouco porque o Governo Federal faz parte disso, então, tem que tomar posse, para sabermos ter essa interlocução para criação do Consórcio que é prioridade nossa”, pontuou. 

Lima destacou que a decisão do Governo do Distrito Federal ainda foi “inadmissível”, reservando críticas à administração vizinha. “Não dá para chegar do nada e colocar 26% do aumento, sem nenhuma perspectiva ainda clara, de melhora do transporte, sem a população ter condições de pagar um valor como esse. Isso vai gerar um impacto grande na região. É muito ruim uma outra unidade da federação tomar decisões em cima de Goiás. Isso é inadmissível”, pontuou.

E elogiou a decisão do ministro André Mendonça. “O Estado de Goiás teve de interromper através dessa ação do STF que foi acertadamente acatada pelo ministro André Mendonça para garantir que nós discutamos e ver a melhor alternativa para que não impacte a população”, salientou.


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