23 de dezembro de 2024
Infraestrutura

Governo de Goiás busca investimentos e obras de requalificação para Ferrovia Centro-Atlântica

O objetivo é facilitar o escoamento da produção goiana, que parte pela ferrovia de Anápolis até os portos de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e de Santos (SP)
O vice-governador Daniel Vilela reivindicou investimentos específicos no trecho da Ferrovia que corta Goiás, rota de escoamento da produção goiana. Foto: André Costa
O vice-governador Daniel Vilela reivindicou investimentos específicos no trecho da Ferrovia que corta Goiás, rota de escoamento da produção goiana. Foto: André Costa

O vice-governador Daniel Vilela (MDB) participou de audiência pública pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Goiânia, na última segunda-feira (22). Entre as pautas discutidas, Vilela fez questão de reivindicar mais investimentos e obras de requalificação nos trechos da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) que cortam Goiás, um dos principais meios de escoamento da produção goiana para os portos do país.

O pedido é embasado na renovação do contrato de concessão deste modal que será feita pelo governo federal com a iniciativa privada. O vice-governador destacou que os investimentos trarão economia. “Nosso objetivo é facilitar o escoamento da produção goiana, a redução significativa de custos do frete e, principalmente, aumentar a competitividade dos nossos produtos”, afirmou Daniel Vilela.

A Ferrovia Centro-Atlântica parte de Anápolis até os portos de Vitória (ES), Rio de Janeiro (RJ) e de Santos (SP). Com 7,8 mil quilômetros de extensão, a FCA atravessa, além de Goiás, os estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal. A renovação da concessão por mais 30 anos, que prevê investimentos privados da ordem de R$ 24 bilhões, abrange 5,7 mil quilômetros de trilhos e inclui os corredores Centro-Leste, Centro-Sudeste, Minas-Bahia e Minas-Rio.

Empreendimentos futuros

De acordo com a ANTT, este montante de recursos será empregado em infraestrutura, tecnologias e na ampliação da capacidade de transporte. Em território goiano, as obras na malha ferroviária estão programadas em Luziânia, Pires do Rio, Catalão, Vianópolis e Ipameri.

O presidente do Conselho da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial), o empresário José Carlos Garrote, endossou as reivindicações à ANTT. Lembrou que o estado é o quarto maior produtor de grãos do país e que detém o sétimo maior parque industrial. “Temos experimentado um crescimento avassalador, muito acima da média. Com a ampliação da Ferrovia Centro-Atlântica em Goiás, teremos condições de investir muito mais. Vamos aumentar a produtividade com maior eficiência”, evidenciou.

As reivindicações e sugestões apresentadas na audiência pública serão acrescentadas aos estudos técnicos que estão sob responsabilidade da Agência de Transportes Terrestres antes da definição acerca da renovação da concessão. Além desse tema, o vice-governador aproveitou a oportunidade para reforçar o projeto do Executivo estadual de instituir um consórcio semelhante ao que existe na região Metropolitana, com o Governo de Goiás à frente, para melhorar “substancialmente” o sistema de transporte coletivo no entorno do Distrito Federal.

“Iniciamos os diálogos com a Presidência da República e também com o Ministério das Cidades. A Secretaria de Estado do Entorno criou um Grupo de Trabalho, com participação das prefeituras, com este propósito e, nos próximos dias, nos reuniremos com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha”, antecipou Daniel Vilela ao diretor da ANTT, Lucas Asfor. “Os avanços que conseguimos aqui, como modernização e troca da frota, também queremos implantar no entorno”, garantiu.


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