O Governo de Goiás investiu, nos primeiros oito meses deste ano, 60,24% a mais do que no mesmo período do ano passado. A informação é da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), que apresentou nesta tarde um balanço das metas fiscais em audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás. O balanço também apontou superávit primário de R$ 818,5 milhões nesse período, de janeiro a agosto de 2017.
De acordo com o superintendente Executivo da Sefaz, Glaucus Moreira Nascimento, o crescimento considerável do volume de investimentos é resultado, sobretudo, da execução do programa Goiás na Frente, cujo montante de investimentos, somado ao do governo estadual e da iniciativa privada é de quase R$ 10 bilhões. Do montante, R$ 6 bilhões são provenientes do Tesouro Estadual e R$ 3 bilhões de recursos privados, dentre eles 600 milhões de dólares da privatização da Celg D/Enel.
Com relação ao superávit primário, Glaucus Moreira afirmou que o número indica que Goiás está em condição de honrar com os juros da dívida pública e manter o equilíbrio das contas. Diferentemente dos outros estados, Goiás também apresenta resultado positivo na relação entre Dívida Consolidada Líquida (DCL) e Receita Corrente Líquida (RCL), que funciona como parâmetro para o limite de endividamento estabelecido pelo Senado Federal. Goiás apresenta percentual de 0,92%, bem abaixo do limite estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 2%.
Em relação à meta pactuada na Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO), as despesas caíram em -9,79%. As despesas somaram R$ 13,5 bilhões, enquanto o previsto pela LDO era R$ 14,9 bilhões. As receitas tributárias subiram 2,15%, com relação ao mesmo período do ano passado. A gerente de Contas Públicas, Maires Agda Mesquita, explica que o baixo crescimento nas receitas tributárias é uma resposta do setor produtivo à crise. “Apesar disso, estamos melhores do que no primeiro quadrimestre, o que demonstra tendência de crescimento”, declarou.
Leia mais sobre: Política