O governo estadual e as prefeituras das cidades no litoral de São Paulo – parte norte – confirmaram que já foram contabilizadas 45 vítimas fatais por conta das fortes chuvas, das quais 44 são de São Sebastião e uma de Ubatuba. Além disso, mais de 2.500 pessoas pessoas estão desalojadas ou desabrigadas e há desaparecidos, que continuam sendo procurados.
O Corpo de Bombeiros, por sua vez, informou que recebeu número recorde de chamadas para socorro —apenas para São Sebastião foram 481 solicitações, isso apenas no domingo (19). Já a Secretaria de Estado da Saúde de SP informou que 18 adultos e cinco crianças vítimas das chuvas foram atendidas, das quais seis estão em estado grave e 13 estáveis.
Toda tragédia ocorre após a grande quantidade de chuva que, em menos de 24 horas ultrapassou os 600 mm em alguns pontos do litoral, o que era esperado para todo o mês de fevereiro. As áreas mais atingidas estão entre Bertioga (683 mm) e São Sebastião (627 mm). Estes volumes são dos maiores já registrados no Brasil em curto período e em situação não decorrente de ciclone tropical.
De acordo com o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, cerca de 20 quedas de barreiras estão bloqueando as principais rodovias que costuram o litoral norte paulista, caso da Rio-Santos e da Mogi-Bertioga. Na tentativa de liberar os acessos e ajudas os moradores da região, mais de 600 integrantes da Polícia Militar, dos Bombeiros e também do Exército foram mobilizados para as áreas afetadas.
Um destes bloqueios, porém, pode fazer com que a estrada deixe de existir definitivamente. Segundo o prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, em entrevista à CNN, ele afirmou que o trecho da rodovia Rio-Santos, entre Barra do Sahy e Juquehy, foi fortemente afetado pela queda de barreiras durante as fortes chuvas. “Esse eixo carroçado da rodovia pode não existir mais. As avaliações estão sendo feitas”, disse.
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