O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou nesta quinta-feira (12), em São Paulo, que a possibilidade de reintrodução do horário de verão está em análise pelo governo federal. Tradicionalmente, no Brasil o horário de verão ocorre entre o primeiro domingo de novembro e o terceiro domingo do ano seguinte.
A estratégia é otimizar o uso da luz natural para reduzir o consumo de energia elétrica no país, especialmente nos horários de pico. Em 2023, empresários de bares chegaram a enviar carta ao presidente Lula pedindo o retorno do horário, que geralmente estimula muito a demanda. Não tiveram êxito.
Silveira destacou que a decisão não pode ser tomada de forma precipitada, tendo em vista os impactos econômicos e sociais que a mudança gera. O ministro explicou que a economia de energia obtida com o horário de verão ajudaria a reduzir a demanda por usinas térmicas nos horários de maior consumo, entre 18h e 21h.
Contudo, ele reforçou que a decisão exige uma análise cuidadosa, devido às suas implicações sobre a vida cotidiana dos brasileiros. “Se necessário, não hesitaremos em voltar com o horário de verão, mas isso não será feito de forma açodada”, afirmou o ministro.
Preparativos e plano de contingência
Como parte dos preparativos para o verão de 2024/2025, Silveira anunciou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) e a Secretaria Nacional de Energia Elétrica do MME foram instruídos a se reunir com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para elaborar um plano de contingência. O objetivo é garantir a segurança energética do país durante os meses mais quentes, quando a demanda por energia elétrica tende a aumentar significativamente.
O ministro também pediu informações detalhadas sobre a operação das usinas térmicas, tanto as controladas pela Petrobras quanto as privadas. Ele ressaltou a importância de compreender a contribuição dessas usinas, que utilizam combustíveis fósseis, como o óleo diesel, para planejar medidas que garantam o equilíbrio do setor elétrico, sempre com foco na transição para fontes de energia mais sustentáveis.
Por fim, Silveira destacou a necessidade de impulsionar a “economia verde” no Brasil, considerando que o futuro energético do país depende de uma maior sustentabilidade e do respeito ao meio ambiente. Ele frisou que o desenvolvimento econômico deve caminhar com políticas sociais que combatam a desigualdade, uma realidade ainda presente no Brasil.
Conforme a Agência Brasil, o Ministério de Minas e Energia esclarece que o retorno do horário de verão deve ser analisado sob diversos aspectos, como a geração de energia, os índices pluviométricos e, também, os aspectos econômicos da medida. O MME segue analisando as condições com responsabilidade, de modo que garanta a segurança energética para todos os brasileiros.
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