O Governo Federal ainda não sabe explicar quais foram as causas do apagão energético que deixou cerca de 29 milhões de brasileiros sem energia, na última terça-feira (15). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu com outras autoridades do setor, nesta quarta-feira (16), para discutir a ocorrência. A suspeita inicial é de falha técnica ou erro no sistema.
O ministro classificou o apagão como “um evento extremamente raro”. De acordo com o governo, o problema pode ter começado devido a dois eventos que ocorreram simultaneamente. Um deles foi no Ceará, onde uma falha operacional afetou a interligação da rede entre as regiões Norte e Sudeste, gerando uma reação em cadeia. O outro ponto do sistema ainda não foi identificado.
Possíveis causas
Em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro (EBC), na manhã de hoje (16), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que não há razão aparente para o apagão, já que o país não enfrenta falta de capacidade de geração de energia nem colapso energético. “Estamos com sobra de energia. Os reservatórios estão cheios e temos um parque eólico e solar gerando muita energia. Então não há razão nem de oferta, nem de demanda para ter tido esse colapso”, destacou.
Investigação
Com efeito, Alexandre Silveira esteve reunido esta manhã, em Brasília, com o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, e a presidente interina da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Angela Regina Livino de Carvalho. O ONS deve apresentar um relatório preliminar sobre as prováveis causas do problema do apagão até esta quinta-feira (17).
Por fim, Silveira disse que pedirá ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal investigue o ocorrido e à Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que acompanhe a apuração.
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