O governo federal tem acompanhado desde a noite de domingo (1º) a situação no maior presídio do Amazonas e deve transferir presos ligados a facções criminosas para outras unidades prisionais no país.
Em conversas com o Palácio do Planalto, o governo amazonense indicou que pretende fazer um pedido transferência para evitar nova rebelião, mas avaliou que não há necessidade de um reforço de agentes da Força Nacional para controlar a situação no local.
Ao todo, a rebelião no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim) durou mais de 17 horas e registrou, ao menos, 60 presos mortos. Entre as vítimas, segundo as primeiras informações, há decapitados.
A rebelião foi motivada por uma briga entre as facções Família do Norte e PCC, segundo Marluce da Costa Souza, coordenadora da Pastoral Carcerária do Estado. De acordo com as investigações, a rebelião foi comandada pela Família do Norte.
O receio do governo federal é que o PCC possa realizar novas rebeliões em presídios pelo país em retaliação à Família do Norte,
Em dezembro, o Poder Judiciário atendeu a pedido da Polícia Civil e determinou a transferência de 14 lideranças do PCC para regime rígido de prisão.
Em outra unidade prisional em Manaus, pelo menos 87 detentos fugiram do Ipat (Instituto Penal Antônio Trindade), também na tarde deste domingo.
Segundo Sérgio Fontes, secretário de segurança pública da capital, esta pode ter sido a maior fuga da história do Amazonas.
Folhapress
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