22 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 07/11/2020 às 20:43

Governadores parabenizam Biden pela vitória nos Estados Unidos mas Bolsonaro permanece em silêncio

Governadores brasileiros paranebizam Biden pela vitória; Bolsonaro fica em silêncio
Governadores brasileiros paranebizam Biden pela vitória; Bolsonaro fica em silêncio

Com a vitória consolidada neste sábado (07/11) o candidato eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, começa a receber parabenizações de líderes de vários países. No Brasil, os governadores dos Estados por meio das redes sociais cumprimentaram o democrata pela vitória. No entanto, o que se viu até o momento foi o silêncio do chefe de estado Brasileiro, Jair Bolsonaro e uma possível relutância em reconhecer a vitória do ex-vice-presidente norte-americano.

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O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM) parabenizou Biden pouco depois das primeiras notícias em torno do líder democrata. “Desejo uma administração pautada pelo diálogo e, respeitada a autonomia do Brasil, ações que fortaleçam os laços entre nossos países, com relações comerciais saudáveis e sem quebra de continuidade naquilo que já foi construído”, pontuou. Ele também lembrou da vice, Kamala Harris e disse que sua eleição tratava-se de um “marco na história da democracia daquela nação”.

O governador de São Paulo, João Doria chegou a enviar uma carta ao norte-americano cumprimentando-o por sua vitória. “Feliz com a vitória do candidato eleito presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Ele é um defensor da democracia e das relações multilaterais. Bom para os EUA, bom para o Brasil”, pontuou.

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) também destacou felicidade “com a derrota de Trump”. Ele analisou que com Trump também “caem os que fazem apologia  à violência, os que negam as mudanças climáticas, os irresponsáveis no combate ao coronavírus, os defensores do racismo”, pontuou e aproveitou para criticar o mandatário brasileiro. “Ou seja, Bolsonaro está ainda mais isolado nas suas absurdas posições”.

Em live, Bolsonaro faz propaganda política e ‘esquece’ Estados Unidos

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) que jamais escondeu que torcia pela reeleição de Donald Trump sequer fez alusão às eleições norte-americanas em suas redes sociais. Apareceu em uma transmissão-extra no fim da tarde deste sábado (07/11) no Facebook. Ele já costuma fazer lives na quinta-feira, mas esta foi para anunciar que a partir da semana que vem, fará transmissões ao vivo todos os dias para voltar a fazer ‘propaganda eleitoral gratuita’ em seu canal no Youtube. “Está quase certo, todo o dia as 19h até o sábado que seria o nosso horário eleitoral gratuíto. Porque olha só, pessoal, as vezes a gente não dá valor a uma candidatura como vereador. Eu comecei como vereador e cheguei a presidente da República. Você pode plantar o futuro prefeito, governador e quem sabe até o futuro presidente da República”

Chegou a mencionar o aceno à esquerda que a América do Sul tem feito na América do Sul, sem citar o nome de Alberto Fernandez, na Argentina. “E vocês estão vendo as questões no mundo, como está a política no mundo, cada um tem a sua opinião. Vocês tem que discutir, tem que ver que na América do Sul estão pintados novamente de vermelho. Não é fácil fazer política. Um presidente não pode e nem tem como mudar de acordo com o que acham que pode ser mudado o destino do Brasil. Porque tem gente que acha que o destino tem que ser outro e pode ser até que ele tenha razão, mas eu faço meu trabalho com meu coração.”

Sem sequer ser questionado de alguma coisa falou sobre 2022 e disse que ainda não sabe se fará campanha de reeleição. “Não sei se eu vou ser candidato a reeleição, tá muito longe ainda. 22… E eu resolvi não participar ativamente das eleições municipais porque eu tenho o Brasil para administrar. Imagina se eu tivesse que andar pelo Brasil, fazer comícios, reuniões em várias capitais do Brasil, atrapalharia e muito meu trabalho aqui e também teria problemas. Tem municípios que eu tenho amigos que estão em partidos diferentes. Como eu vou apoiar um e não apoiar outro? Em raros municípios eu resolvi tomar partido mas de forma discreta”, pontuou.


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