O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), liberou neste sábado (07/01) a Esplanada dos Ministérios para manifestações bolsonaristas que contestam o resultado do segundo turno nas eleições de outubro, quando o presidente Lula (PT) derrotou Jair Bolsonaro (PL). Apesar do tom golpista, os atos poderão ocorrer se forem pacíficos.
Rocha destacou ao jornal Metrópoles que a ordem dada às forças de segurança do Distrito Federal foi par que seja mantida “a tranquilidade e a segurança”. O governador destacou que a liberação do espaço se dá na condição das manifestações seram pacíficas.
Desde a sexta-feira (06), extremistas que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estão convocando a militância para ir a Brasília para promoverem mais atos que contestam o resultado das eleições de outubro. A mensagem disseminada em grupos bolsonaristas nas redes sociais falam em ‘tomada de poder pelo povo’ entre os dias 7 e 8 de janeiro, no Congresso Nacional.
Outro card compartilhado nos grupos convocava os bolsonaristas para o “Levante dos Manés” que começaria neste sábado (7) e não teria ‘data para terminar’. A mensagem fazia referência a frase que o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso disse a um manifestante quando esteve em Nova Iorque.
Só neste sábado, mais de 100 ônibus de todo o Brasil chegaram a Brasília, num empenho para engrossar os atos. Nas redes sociais, influenciadores bolsonaristas falam em promover ‘caos’ numa tentativa de tensionar os ânimos em Brasília.
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PCdoB-MA), disse que já conversou com o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), onde as orientações foram ‘repassadas’. Ele citou uma possível guerra promovida entre ‘impatriotas’.
Ele também mencionou que conversou com diretores da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal para definir ‘providências’ em casos de atos antidemocráticos que possam configurar ‘crimes federais’. Mais tarde ainda neste sábado (07), Dino ressaltou que haveria sim a tomada de poder… em 2026 na ocasião de um novo pleito eleitoral.
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