25 de novembro de 2024
Tecnologia

Google e Facebook dizem que vetarão anúncios em sites de notícias falsas

O Facebook e o Google anunciaram nesta segunda (14) que irão bloquear seus serviços de venda de anúncios para sites que divulguem notícias falsas.O buscador afirmou que está trabalhando em uma mudança em suas políticas para evitar que tais endereços usem o Adsense, sua ferramenta de publicidade.

Já a empresa de Mark Zuckerberg atualizou seus termos de uso explicitando que notícias falsas estão inclusas no conceito de conteúdo “ilegal ou enganoso”, para o qual anúncios já eram vetados.

“Atualizamos a política para deixar claro que isso [o banimento] se aplica a notícias falsas. […] Nosso time continuará analisando de perto todas páginas novas e existentes para garantir que sigam as regras”, disse o Facebook em nota oficial.

As medidas anunciadas não censuram nem afetam o destaque dado a essas notícias em redes sociais ou nas buscas. As empresas também não esclareceram como irão, na prática, aplicar essas restrições.

ELEIÇÃO POLÊMICA

As declarações vêm depois de acusações de que a complacência de companhias de tecnologia, especialmente o Facebook, com boatos e notícias falsas teriam beneficiado o presidente eleito Donald Trump na corrida eleitoral americana.

Desde abril há relatos de grupos na Macedônia que criaram um grande volume de falsas notícias pró-Trump para lucrar com os anúncios decorrentes do acessos a esses textos.

Em entrevista ao “BuzzFeed”, vários deles negaram que o trabalho seja motivado por ideologias. “Não se importam com Trump”, mas o Facebook “paga quatro vezes mais por americanos”, pelos anúncios que veicula, segundo o site.

De acordo com pesquisas nos EUA, essas histórias falsas foram bem mais compartilhadas no Facebook do que artigos contestando-as. Isso em um momento em que, para muitos americanos, a rede social está se transformando na fonte primária de consumo de notícias.

Na semana passada, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg disse que responsabilizar sua empresa pelo resultado das suas eleições era “loucura.

(FOLHA PRESS)


Leia mais sobre: Tecnologia