09 de agosto de 2024
Cidades

Gomide: “População me deu nota 9”

Na manhã da quinta, 20, o prefeito de A­nápolis, Antônio Go­mide (PT), apresentou sua avaliação acerca do mandato iniciado em 2009. Ele falou das principais conquistas, com destaque dado às obtidas nas áreas da educação e saúde, além dos programas de asfalto e moradia popular. Para o segundo governo Gomide disse que o foco será na educação, na saúde, no trânsito e nas ações de segurança pública, sobretudo prevenção e combate às drogas.
Para enfrentar o problema, o Executivo incluiu na reforma administrativa a proposta de criação da Assessoria Especial de Segurança Pública, órgão que vai integrar a administração direta, tendo autonomia para apresentar projetos e colocá-los em prática quando se tratar de ações que busquem conter o crescimento da criminalidade e das drogas. Apro­vada pela Câmara Muni­cipal, a proposta tem sido elogiada por representantes das polícias Civil e Militar.
Com popularidade elevada em todo o mandato, o que se confirmou nas eleições deste ano, Gomide disse estar atento para não frustrar as expectativas. “Se tivéssemos alcançado o mesmo que em 2008 estaríamos satisfeitos. Nunca imaginamos que teríamos quase 90% para um único candidato. A população me deu nota nove, mas para ser campeão de novo o time tem que ter uma nova estratégia”, analisou o petista, que em 2008 teve 75% dos votos.

Reforma
Como fator que auxiliou seu primeiro mandato, Gomide teve a ausência de compromissos políticos com outras legendas. Sendo assim, pôde nomear livremente sua equipe de auxiliares, que, embora tenham diferentes filiações partidárias, essencialmente possuem conhecimento técnico nas áreas para as quais foram lotados. A “tranquilidade” tende a não se repetir para o mandato 2013/2016, já que agora Gomide contou com o apoio de outros 13 partidos.
Gomide ainda não divulgou a lista de auxiliares que o ajudarão no próximo governo. Ele afirmou que o anúncio apenas será feito em janeiro, mas não disse qual o dia. Apesar do sigilo, é esperado que no primeiro escalão a maioria dos secretários continue em seus postos. É possível ainda que um secretário seja aproveitado em outra pasta.
Das novidades certas, mas sem a certeza dos novos no­mes, constam as secretarias de Meio Ambiente e a de Recursos Humanos, além da Procura­doria e da Companhia Muni­cipal de Trânsito e Transporte. Nas quatro hipóteses há a possibilidade de a definição ser dada por critério político, o que pode ser repetido para as pastas recém-criadas e para aquelas que existem e não estão ocupadas, ou estão com representante de outra secretaria.
Das opções atualmente vagas, há as novas secretarias de Governo e de Trabalho, além da Assessoria Especial de Segurança Pública, que tem status de secretaria. No novo governo, a Secretaria de Planejamento deve ganhar representante próprio, depois de um ano e meio nas mãos do titular da Fazenda, José Roberto Mazon. Em 2011, o Executivo conseguiu aprovar a criação da Secretaria de Assuntos Parlamentares, vaga desde o meio do ano.

Permanência
Mesmo sendo apontado como possível candidato ao governo, Gomide a princípio tem sinalizado que irá concluir os quatro anos mandato, tanto que o PT já estaria de planejando trabalhar o nome do vice, João Gomes, para deputado estadual, o que logicamente não aconteceria caso o prefeito deixasse o mandato em busca do Palácio das Esmeraldas.
Depois da euforia com a expressiva vitória na eleição deste ano, quando petistas anapolinos passaram a externar com naturalidade uma candidatura de Gomide ao governo, a palavra de ordem voltou a ser a prudência. A explicação dada para a mudança de comportamento é de que a decisão não depende de Anápolis, que teria que observar acertos feitos pelas direções nacional e estadual com aliados, principalmente o PMDB e o PSB.
A precaução do PT com a permanência de Gomide ainda estaria relacionada à sucessão de 2016. Com o petista no governo, poderia ser menos difícil conter o ânimo dos atuais aliados que podem debelar-se em candidaturas próprias, o que naturalmente o PT terá como missão evitar ao máximo, novamente reunindo-os a seu projeto. Inicialmente, PSC e PTB já são vistos como possíveis adversários.


(Com texto de Marco Antônio Oliveira, publicado no Tribuna do Planalto, edição 1.359)


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