13 de agosto de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 09:58

Golpe milionário aplicado por gerente do Santander alcançou R$4 mi

Delegado Eli José de Oliveira, titular da 4ª Delegacia Distrital de Polícia (Foto: João de Lima)
Delegado Eli José de Oliveira, titular da 4ª Delegacia Distrital de Polícia (Foto: João de Lima)

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Em uma coletiva na tarde desta terça-feira (14) na 4ª Delegacia Distrital de Polícia, o delegado titular, Eli José de Oliveira responsável por investigar o golpe milionário aplicado em correntistas do Banco Santander, localizado no setor Bueno, em Goiânia informou que o prejuízo já alcançou R$ 4 milhões. Ao total, o gerente do Banco suspeito de aplicar o golpe, Fernando Dias da Silva vitimou aproximadamente 30 pessoas, entre elas o cantor Leonardo.

De acordo com o delegado, o suspeito do golpe apareceu na delegacia em companhia do advogado de surpresa nesta segunda-feira (13), mas não respondeu sobre as perguntas feitas pelo delegado. Fernando permaneceu em silêncio e alegou o seu direito constitucional de ficar calado, se pronunciando somente em Juízo.

O gerente estava sendo procurando pela polícia após a denúncia de diversos clientes do Banco Santander, denunciando a falta de dinheiro nas contas bancárias, no entanto, não fui encontrado. Entre as justificativas para o sumiço, Fernando alegou ter recebido ameaças, e por conta disso, teria permanecido na casa de parentes. “Ele alega que estava sendo ameaçado juntamente com a família e por isso ele está na casa de parentes”, conta o titular.

Segundo Eli José, para calcular a quantidade exata do prejuízo de todas as vítimas, serão analisados os extratos das contas bancárias. “Nós estamos solicitando as elas [vítimas] os extratos bancários e também ao banco as filmagens do dia dos fatos ocorridos”, esclarece.

Ao ser questionado se o suspeito poderá ser preso, o titular informou que o procedimento ainda está sendo formalizado. “Ao concluir o procedimento podemos representar pela prisão preventiva dele, mas ainda estamos verificando a conclusão de todas as provas”, fala. O gerente está sendo investigado por estelionato, caso condenado pode responder de um a cincos anos de reclusão.

O número de vítimas ainda pode aumentar de acordo com o delegado. Como o caso ainda está sendo investigado, tanto o valor do prejuízo, quanto o número de pessoas lesadas podem sofre alterações. Ao ser perguntado sobre possíveis envolvidos no golpe, o titular alega trabalhar com todas as possibilidades, no entanto, até o momento apenas o Fernando está sendo investigado.

Como conta o titular, também na tarde de ontem, um representante do Banco Santander, que chegou de São Paulo informou que a empresa tem a intenção de ressarcir as vítimas, no entanto, ainda não se sabe quando o ressarcimento irá acontecer.

Vítimas

Uma das vítimas do golpe, Luciano Prudente de Barros, conta que o gerente era uma pessoa da sua confiança, pois entre eles existia um relação de amizade entre gerente e correntista. “Todos nós tínhamos um relacionamento de cinco a seis anos com ele na agência bancária”. De acordo com Luciano, o prejuízo sofrido por ele chega a aproximadamente R$ 500 mil. Luciano ainda fala que o Banco está dando um suporte para as vítimas. “A conversa com o banco está relativamente boa, inclusive já tiveram clientes ressarcidos”, porém, informa que ainda não foi pago pelo banco.

“O meu filho já foi chamado até o banco por causa de uma assinatura fraudulenta de um saque de R$ 79 mil. Eu mandei fazer uma perícia das assinaturas para que possamos comprovar documentalmente. Se o banco não nos ressarcir, vamos recorrer as vias judiciais”, fala Luciano. “É complicado isso. O cara te lesa e você ainda tem que comprovar que está certo”, indigna-se.

Com o Rodrigo Carvalho Costa, também vítima do golpe, o relacionamento com o gerente do banco era recente. “Eu abri a conta no início de julho após uma negociação que fiz. Nisso, eu coloquei o dinheiro na conta e ele retirou”.

Segundo Rodrigo, o valor retirado da conta bancária gira em torno dos R$ 27 mil, mais o valor de R$ 8 mil que foi entregue nas mãos do Fernando para que fosse depositado na conta do cliente. “Isso foi bem na véspera da morte da minha mãe. Eu viajei para o Tocantins e em Gurupi não tinha Banco Santander. Com o ocorrido com a minha mãe eu só tive conhecimento disso depois de 30 dias. Ele não depositou nem os R$ 8 mil e os R$ 27 mil já tinha saído da conta”, esclarece.

Rodrigo conta que foi ressarcido de forma parcial. Apenas o valor maior, de R$ 27 mil foram devolvidos pelo banco. 

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