Ganhou grande repercussão nacional o lamentável episódio, em que o goleiro Ramón Souza levou um tiro de um policial militar em jogo pelo Campeonato Goiano da Divisão de Acesso. O fato aconteceu após a partida disputada nesta quarta-feira (10), no Estádio Jonas Duarte, em Anápolis – onde o Centro-Oeste venceu o Grêmio Anápolis pelo placar de 2 a 1.
Alguns jogadores do time da casa discutiam com membros da comissão técnica adversária. Alguns policiais buscavam acalmar os ânimos, quando um deles disparou um tiro de bala de borracha contra o goleiro que saiu correndo e foi atendido ainda no estádio e na sequência levado ao hospital.
Na manhã desta terça-feira (11), Ramón Souza registrou um boletim de ocorrência contra o policial. O goleiro também concedeu entrevista e afirmou estar abalado psicologicamente com a situação e que também está sofrendo outras consequências por conta do tiro: “Senti muita dor, fiquei queimado e isso atrapalha em alguns movimentos que procuro fazer”, explicou.
Ramón Souza detalhou os momentos que antecederam o disparo em sua perna: “Em nenhum momento tentei agredi-lo. Ele empurrou um dos atletas e apontou a arma em direção ao rosto dele. Eu pedir para ele abaixar a arma e ele me mandou para trás. Quando dei dois passos para trás e aí ele efetuou o disparo.
Posição da Polícia Militar
A Polícia Militar informa que, diante do ocorrido no final da partida entre Grêmio Anápolis e Centro-Oeste, foi determinada, de imediato, a abertura de um Inquérito Policial Militar (IPM) pela Corregedoria para apurar os fatos com o devido rigor.
Ressaltamos que o disparo efetuado foi feito com munição de elastômero, conhecida como “bala de borracha”, armamento menos letal.
A Polícia Militar de Goiás reafirma seu compromisso com o cumprimento da lei e reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros.
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