18 de novembro de 2024
Saúde pública

Goiás ultrapassa os 80 mil casos de dengue, tem 90 mortes e internações crescem em abril

Informações foram divulgadas pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) nesta quinta-feira (4)
O volume de internações por dengue aumentou gradativamente desde dezembro do ano passado. (Foto: reprodução)
O volume de internações por dengue aumentou gradativamente desde dezembro do ano passado. (Foto: reprodução)

Nesta primeira semana de abril Goiás já ultrapassou o registro de 80.364 casos confirmados de dengue, conforme divulgou a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) nesta quinta-feira (4). Além disso, houve aumento no número d einternações pela doença e já são 90 as mortes confirmadas pelo Comitê Estadual de Investigação de Óbito Suspeito por Arboviroses, o que fez com que o Governo de Goiás continuasse o alerta à população.

Conforme publicado pelo governo, há o pedido de que as pessoas continuem adotando os cuidados de prevenção à dengue, dando atenção aos sintomas característicos da doença. Os dados da Secretaria da Saúde de Goiás (SES) mostram um avanço das internações por dengue nos hospitais públicos, nos primeiros dias de abril, mesmo com a tendência de desaceleração dos casos.

Já o volume de internações por dengue aumentou gradativamente desde dezembro do ano passado. Só no mês de março, 1.872 pessoas precisaram de internação. Em abril, nos três primeiros dias, foram registradas 204 internações, o que representa um aumento de 30% em relação ao mês anterior. Na manhã desta quinta-feira (04/04), os registros da SES mostravam 81 pessoas internadas. Dessas, 13 em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

“As pessoas devem continuar com o autocuidado e procurar atendimento ao apresentar sintomas da doença. Os serviços de saúde não devem ser desmobilizados e nem o combate semanal aos focos do mosquito”, reforça o subsecretário de Vigilância e Atenção Integral à Saúde da SES, Luciano de Moura.

O cenário ainda é de preocupação diante da ocorrência de chuvas, temperaturas altas e vírus de dengue e chikungunya em circulação simultânea. Os primeiros sinais da dengue são febre, dor no corpo, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e/ou manchas avermelhadas pelo corpo. Já os sinais de alarme, que indicam agravamento da doença, são náuseas, vômitos, tontura e sangramentos na boca e no nariz.

Luciano de Moura orienta que mesmo com testes negativos de dengue, quem está com esses sintomas deve tomar bastante líquido e procurar atendimento. “Outros sinais clínicos e exames gerais apontam que a pessoa está com alguma das arboviroses e que deve ser adequadamente cuidada”, explica ele.

Este ano, foram notificados 172.248 casos de dengue. Destes, 80.364 foram confirmados, bem como 90 mortes por dengue e uma por febre chikungunya. A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, relata que o panorama atual indica que neste ano a dengue deve atingir ou superar o nível de gravidade verificado em 2022, quando foram confirmados 99.664 casos e 102 óbitos durante todo o ano.

A superintendente informa que a SES decidiu expandir a vacinação contra a dengue para todo o Estado devido à baixa procura pela população e à proximidade da data de vencimento do imunizante, em 30 de abril. A vacina era ofertada em 154 municípios considerados prioritários. A SES está remanejando 90% das doses existentes para os 122 municípios restantes, o que deve ampliar a cobertura vacinal.

“Ainda que os registros apontem uma tendência de desaceleração dos casos de dengue em todo o Estado, o momento ainda é crítico”, alerta Flúvia. A população deve adotar todas as formas de prevenção da doença, como eliminar focos do mosquito transmissor e vacinação. A vacina contra a dengue, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), está sendo ofertada na rede pública de todo o estado para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos.

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